Números revelados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), nesta sexta-feira (25), mostram que o preço da gasolina voltou a patamares que não eram vistos desde o ano passado. Isso porque o preço médio do combustível segue em alta na segunda semana após os reajustes no valor de venda das refinarias da Petrobras chegando a R$ 5,88 o litro, maior valor desde julho de 2022 – isso, em valores corrigidos pela inflação.
Aumento da gasolina deve impactar preços do supermercado
Conforme a ANP, a alta foi de R$ 0,23 por litro em relação à semana anterior – desde o reajuste, anunciado no dia 15 de agosto, o aumento acumulado é de R$ 0,35 por litro. O aumento do diesel S-10 foi maior ainda: R$ 0,55 por litro, chegando a R$ 6,05, superando a barreira dos R$ 6 pela primeira vez desde fevereiro. Conforme a ANP, entre a semana anterior ao reajuste e esta semana, o aumento acumulado é de R$ 0,97 por litro.
Esses números mostram que, na prática, os repasses estão sendo maiores do que aqueles previstos pela Petrobras, que havia estimado uma alta média de R$ 0,30 por litro de gasolina e R$ 0,65 por litro de diesel. Isso, levando em conta a parcela de biocombustíveis que é misturada em ambos os produtos.
De acordo com a ANP, foi detectado preços que destoam na média, sendo o litro da gasolina mais caro encontrado em Tefé, no Amazonas, onde o combustível foi comercializado por R$ 7,62. Já o diesel mais caro foi encontrado em Ourinhos, no interior de São Paulo: a R$ 8 por litro. Conforme a ANP, hoje, são 13 estados com o preço médio da gasolina acima de R$ 6, sendo eles:
- Acre (R$ 6,75);
- Rondônia (R$ 6,54);
- Rio Grande do Norte (R$ 6,44);
- Amazonas (R$ 6,41);
- Ceará (R$ 6,32);
- Tocantins (R$ 6,28);
- Sergipe (R$ 6,13);
- Bahia (R$ 6,05);
- Espírito Santo (R$ 6,03);
- Paraná (R$ 6,03);
- Pernambuco (R$ 6,03);
- Roraima (R$ 6,02);
- E Santa Catarina (R$ 6,00).
Assim como publicou o Brasil123, os reajustes anunciados pela Petrobras aconteceram por conta de uma forte pressão do mercado. Isso, levando em conta altas das cotações internacionais do petróleo e a consequente defasagem nos preços.
Quando aumento foi anunciado, Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, relatou que a decisão precisou ser tomada para evitar que a empresa perca dinheiro, uma vez que as cotações internacionais do petróleo atingiram um novo patamar.
Depois do aumento, três grandes bancos passaram a recomendar compra das ações da estatal, que dispararam nas bolsas, voltando a patamares anteriores à grande queda relatada quando do anúncio da vitória do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Isso, no segundo turno de 2022.
Leia também: Petrobras foi a empresa do setor que mais pagou dividendos no 1º semestre