O preço médio por litro da gasolina registrou a oitava queda consecutiva nos postos de combustíveis em todo o país, de acordo com os dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira, 20 de outubro. Essa pesquisa abrange a semana de 15 a 21 de outubro.
Para a gasolina, o preço médio de comercialização ficou em R$ 5,74, representando uma diminuição de 0,34% em relação aos R$ 5,76 da semana anterior, conforme indicado pelos números da ANP. O preço máximo observado nos postos atingiu R$ 7,59.
Em relação ao etanol, o preço médio permaneceu constante, mantendo-se em R$ 3,61 por litro, com o valor mais elevado encontrado pela ANP sendo de R$ 6,60.
No que diz respeito ao diesel, o preço médio por litro foi de R$ 6,04, denotando uma redução de 0,17% em relação aos R$ 6,05 da semana anterior. O valor mais alto registrado pela agência alcançou R$ 7,95.
Revisões do preço da gasolina pela Petrobras
Em um comunicado na quinta-feira, 19 de outubro, a Petrobras anunciou uma alteração nos preços médios da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras, com vigência a partir de sábado, 21 de outubro. A gasolina terá uma redução de R$ 0,12 por litro, passando a ser comercializada a R$ 2,81 por litro pela petroleira. Já o diesel terá um aumento de R$ 0,25 por litro, com o novo preço alcançando R$ 4,05 por litro.
Conforme declarado pela Petrobras, ao longo deste ano, seus preços de venda tanto da gasolina quanto do diesel tiveram quedas acumuladas. No caso da gasolina, a redução totaliza R$ 0,27 por litro, e no diesel, a queda foi de R$ 0,44 por litro.
O presidente da empresa, Jean Paul Prates, afirmou: “A estratégia comercial que adotamos nesta gestão tem se mostrado bem-sucedida, sobretudo no sentido de tornar a Petrobras competitiva no mercado e ao mesmo tempo evitar o repasse de volatilidade para o consumidor.”
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Reformulação na Política de Preços
Em maio deste ano, a empresa petrolífera anunciou mudanças significativas em sua política de preços. A partir desse momento, a estatal não mais segue a Política de Paridade Internacional (PPI), que vinculava os preços dos combustíveis às flutuações do dólar e à cotação do petróleo no mercado internacional.
A Petrobras esclareceu que os preços praticados para as distribuidoras se situariam dentro de uma faixa delimitada por dois pontos-chave:
- O valor mais alto que um comprador estaria disposto a pagar antes de buscar outro fornecedor.
- O valor mais baixo que a Petrobras poderia adotar na venda, mantendo sua margem de lucro.
Apesar de a Petrobras ser uma das principais produtoras de gasolina e diesel consumidos no Brasil, o país ainda precisa realizar importações desses produtos, cujos preços são influenciados pelas cotações internacionais.
Quando ocorrem disparidades significativas entre os preços do mercado global e os preços internos, a viabilidade econômica da atividade de importação pode ser comprometida para algumas empresas, o que pode impactar o fornecimento doméstico.
É relevante ressaltar que os valores praticados pela Petrobras não correspondem aos preços nos postos de combustíveis. Os preços nas bombas incluem impostos e a margem de lucro das distribuidoras e revendedoras.
Alta do preço do petróleo
As preocupações em relação ao conflito entre Hamas e Israel, que chegou ao 14º dia nesta sexta-feira, têm feito o preço do petróleo avançar. Na quarta-feira, 18 de outubro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, abordou a questão e descartou qualquer ameaça de desabastecimento de combustíveis no Brasil devido ao aumento dos preços.
Ele afirmou: “A Petrobras tem assumido toda a responsabilidade no que se refere ao fornecimento de combustíveis no Brasil. Além disso, essa responsabilidade está sob a alçada do Ministério de Minas e Energia, cuja missão é manter a qualidade dos produtos e garantir o fornecimento.”
O petróleo do tipo Brent, que é utilizado como referência no mercado, estava sendo negociado a mais de US$ 92 na quinta-feira, representando um aumento de aproximadamente 9% desde o início do conflito no Oriente Médio. Os dados relativos aos preços nos postos de combustíveis, divulgados pela ANP na sexta-feira, correspondem à segunda semana após o início das hostilidades no Oriente Médio, que começaram nas primeiras horas do dia 7.
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Combustível mais econômico
No decorrer deste ano, a Petrobras apresenta uma redução de R$ 0,27 por litro no preço da gasolina tipo A. Além disso, de R$ 0,44 por litro no preço do diesel tipo A para as distribuidoras. Essas mudanças refletem a estratégia implementada pela empresa.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, declarou: “A estratégia comercial adotada na gestão da Petrobras tem provado ser bem-sucedida, principalmente no que diz respeito a tornar a Petrobras competitiva no mercado e evitar a transferência de volatilidade para o consumidor. Uma evidência disso é que ao longo deste ano, mesmo com o preço do petróleo Brent mais alto em comparação ao ano passado. Nossos produtos apresentam reduções, o que é significativamente diferente do que ocorreu em 2022”.
Assim, a Petrobras explicou que as alterações nos preços da gasolina e do diesel resultam de tendências distintas no mercado. Além disso, na estratégia comercial da empresa. Então, no caso da gasolina, há o término do período de alta demanda global, com maior disponibilidade e desvalorização do produto em relação ao petróleo.
No que se refere ao diesel, a demanda global permanece elevada. Isso com perspectiva de sazonalidade crescente, o que contribui para a valorização do produto em relação ao petróleo. Assim, a empresa enfatiza seu compromisso em evitar a transferência da volatilidade do mercado internacional. Além disso, as flutuações cambiais para a população brasileira. Isso ao mesmo tempo em que mantém um ambiente competitivo, de acordo com a legislação vigente.
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