A cesta básica do Brasil ficou mais cara em 12 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em outubro. Isso mostra que os preços dos alimentos voltaram a subir no país.
A saber os únicos locais onde o preço da cesta caiu foram: Recife (-3,73%), Natal (-1,40%), Belém (-1,16%), Aracaju (-0,61%) e João Pessoa (-0,49%).
Por outro lado, as altas mais expressivas vieram de Porto Alegre (+3,34%), Campo Grande (+3,17%), Vitória (+3,14%) e Rio de Janeiro (+3,10%).
O levantamento também revelou que a cesta de Porto Alegre assumiu a liderança nacional e passou a ser a mais cara do país, custando R$ 768,82. Em seguida, ficaram as cestas de São Paulo (R$ 762,20), Florianópolis (R$ 753,82), Rio Janeiro (R$ 736,28), Campo Grande (R$ 733,65) e Vitória (R$ 707,78).
Na ponta de baixo da tabela, a cesta mais barata do país foi novamente a de Aracaju (R$ 515,51). Outros quatro locais também tiveram cestas com preços mais acessíveis em outubro: Recife (R$ 558,40), João Pessoa (R$ 559,57), Salvador (R$ 562,59) e Natal (R$ 573,40).
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Cesta compromete mais da metade do salário mínimo
De acordo com o levantamento, alimentos básicos são aqueles necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês. O cálculo considera uma família composta por dois adultos e duas crianças.
A saber, a pesquisa estimou o valor do salário mínimo necessário para suprir as despesas de uma família. Em resumo, a análise levou em consideração a cesta básica de Porto Alegre, mais cara do país em outubro.
Nesse caso, o salário mínimo deveria valer R$ 6.458,86. Isso corresponde a 5,33 vezes o valor do salário mínimo vigente, de R$ 1.212,00.
A pesquisa comparou o preço da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, aquele que possui descontos referentes à Previdência Social. Atualmente, a taxa é de 7,5%, e está neste nível desde março de 2020 devido à Reforma da Previdência.
Assim, o levantamento revelou que o trabalhador comprometeu 58,78% do salário mínimo líquido para comprar alimentos básicos para uma pessoa adulta em outubro. No mês anterior, o percentual havia ficado em 58,10%.
O Dieese também revelou que o tempo médio necessário para que um trabalhador adquira produtos da cesta básica chegou a 118 horas e 45 minutos em outubro. No mês anterior, o tempo médio registrado havia sido de 118 horas e 14 minutos.
Por fim, as capitais pesquisadas pelo Dieese são: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
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