Os brasileiros que gostam de carne suína estão podendo aproveitar preços mais acessíveis da proteína. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), os preços caíram em todas as “praças” pesquisadas em abril. E isso é bastante positivo para quem consome a proteína, porque pode gastar um pouco menos para comprá-la.
Em resumo, as quedas firmes nos valores do suíno vivo e da carne ocorreram por dois motivos principais: redução da demanda interna e decréscimo expressivo nas exportações para a China.
A saber, o país asiático é o principal parceiro comercial do Brasil, e vinha importando muita carne suína brasileira nos últimos anos. Aliás, a demanda externa aquecida fez o preço da proteína saltar no Brasil.
No entanto, a China vem conseguindo recuperar seus rebanhos suínos após sofrer por um longo período com a peste suína africana. Como a população chinesa responde por quase metade do consumo global de carne suína, a forte demanda pressionou os preços no Brasil.
Já no cenário doméstico, os custos de produção e alimentação dos porcos vêm crescendo devido à chegada do frio. Por isso, os produtores estão vendendo os suínos por preços mais baixos para “liquidar” os estoques. Vale dizer que o milho e o farelo de soja, utilizados na alimentação dos suínos, estão em alta. E os produtores vêm tentando fugir desse cenário.
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Exportações de carne suína caem em maio
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), 89,3 mil toneladas de carne suína foram exportadas em maio. Esse valor corresponde a uma queda de 12,4% em relação ao mesmo mês do ano passado (102 mil toneladas).
“No entanto, a média dos últimos três meses (março – abril – maio) já se equipara à média do primeiro trimestre de 2020 e está mais próxima da média anual do ano passado, apresentando uma tendência de recuperação no segundo semestre”, afirmou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Em relação às receitas geradas pelas exportações, o valor total alcançado em maio chegou a US$ 204,3 milhões, queda de 19,3% em relação a maio de 2021 (US$ 253,2 milhões).
Por fim, entre janeiro e maio, as exportações de carne suína somaram 416,6 mil toneladas, recuo de 8,2% na comparação com o mesmo período do ano passado (453,9 mil toneladas).
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