Acaba amanhã, sexta-feira (28), o prazo para pedido de isenção da taxa do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2023. Além disso, também se encerra amanhã o prazo para apresentar a justificativa de ausência, para aqueles que tiveram isenção de taxa concedida no Enem 2022, mas não compareceram às provas.
De acordo com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), o resultado das solicitações será divulgado no da 8 de maio. Caso o candidato não apresente a justificativa de ausência, ele precisará pagar a taxa de inscrição. O mesmo deve acontecer caso a justificativa for recusada.
Dessa forma, confira agora como realizar a solicitação da isenção da taxa do Enem. Veja, também, como realizar a justificativa de ausência, caso necessário. Aproveite essas informações para não perder o prazo e não correr o risco de precisar arcar com o valor da inscrição! Confira!
Quem pode solicitar a isenção da taxa do Enem?
A isenção da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023 poderá ser solicitada pelos candidatos até amanhã, dia 28 de abril. Por isso, é importante saber quem tem direito a esse benefício, para poder prestar o Enem sem os custos de inscrição.
Em primeiro lugar, podem solicitar a isenção da taxa todos os alunos que estiverem cursando o último ano do Ensino Médio em escolas da rede pública. Além disso, a isenção também é garantida para aqueles que cursaram todo o Ensino Médio em escola pública, ou em escolas da rede privada (nesse caso, eles precisam ser bolsistas integrais) e que possuam uma renda familiar per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo (R$ 1.980).
Para completar, cidadãos em situação de vulnerabilidade social também podem solicitar a isenção da taxa do Enem, desde que estejam registrados no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.
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Como solicitar a isenção da taxa do Enem
Para realizar a solicitação da isenção da taxa do Enem é muito simples. Assim, basta que o candidato entre na página do participante do site do Enem. A seguir, basta informar alguns dados como CPF, data de nascimento, e-mail e número de telefone.
Se por acaso o candidato estava inscrito no Enem 2022 e não compareceu para realizar a prova, é necessário justificar essa ausência. Dessa forma, isso pode ser feito anexando um atestado médico ou um boletim de ocorrência, por exemplo. Se isso não for feito, o candidato perderá o direito a isenção.
O resultado desses pedidos de isenção será divulgado no dia 8 de maio. Entretanto, se por acaso o resultado for negativo, será possível recorrer a partir do dia 8, até 12 de maio.
Atenção: Independente do resultado da isenção, seja ele positivo ou negativo, o candidato ainda deve realizar a inscrição para o Enem normalmente.
Como será o Enem 2023?
Muito tem sido falado sobre as diretrizes do Novo Ensino Médio e como elas devem interferir no Enem. Os alunos já estão desde o ano de 2022 estudando de acordo com os novos conteúdos. Entretanto, ainda não se sabe quando eles serão cobrados no Enem.
Por enquanto, a prova deve se manter do mesmo jeito que já vem sido aplicado nos últimos anos. Dessa forma, no modelo atual, a prova do Enem é igual para todos os estudantes. Ela traz conteúdos de todas as áreas do conhecimento (ciências humanas; ciências da natureza; linguagens e matemática), e também a redação.
A proposta de redação do Enem é a elaboração de um texto no estilo argumentativo-dissertativo. Além de estruturar os parágrafos com argumentos coerentes, os candidatos também precisam apresentar uma proposta de intervenção ao final do texto.
É importante ressaltar que as mudanças foram revogadas temporariamente pelo MEC, por 60 dias. Dessa forma, o novo formato da prova do Enem será aplicada somente nos anos seguintes a 2024 caso essa suspensão for mantida. Se por acaso a suspensão for derrubada, a prova terá mudanças já a partir da edição do ano que vem. Isso significa que, independente da decisão final, o Enem 2023 ainda será aplicado nas condições atuais.
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Possíveis mudanças para o Enem 2024
Diante dessas questões, é normal se perguntar o que afinal mudaria na prova do Enem, caso a reforma fosse aprovada. Assim, o novo Enem seria um exame realizado seguindo as diretrizes do Novo Ensino Médio (com partes específicas no exame de acordo com a escolha do estudante), e também uma redação.
O novo exame teria questões seguindo as diretrizes do Novo Ensino Médio (com partes específicas no exame conforme a escolha do estudante), além de uma redação. Dessa forma, as questões da prova seriam divididas em duas etapas: a primeira interdisciplinar, igual e obrigatória para todos. A segunda com provas de quatro áreas, em que o candidato selecionaria apenas uma delas para fazer.
O estudante então, poderia optar por responder questões de Linguagens, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Matemática, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Matemática, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas ou Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Novo Ensino Médio
O projeto do Novo Ensino Médio prevê o aumento progressivo da carga horária total. Assim, ela deverá chegar a 3 mil horas ao final dos três anos. Dentro dessa carga horária, a divisão de conteúdos se daria da seguinte forma: 1,8 mil horas para ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática – para todos os alunos e 1,2 mil horas de conteúdos eletivos focados nos objetivos pessoais e profissionais de cada aluno.
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Isso significa que as disciplinas clássicas têm menos prioridade na grade com a entrada das novas ofertas. Em alguns casos, estudantes relatam ter ficado com apenas duas aulas na semana de português e matemática – que continuam sendo cobradas no modelo atual da prova do Enem.
Caso a reforma da prova do Enem seja mantida, a turma de estudantes que fará o Enem no ano de 2024 será a primeira que terá feito os três anos do ensino médio seguindo as novas diretrizes. Dessa forma, caso o Enem no formato tradicional, os alunos poderão ser cobrados por conteúdos que não necessariamente foram tratados na escola. Além disso, os conteúdos podem até terem sido objeto de aula, mas sem o aprofundamento devido em razão da redução da carga horária das matérias convencionais.