Os mercados esperaram ansiosos pelo simpósio econômico anual de Jackson Hole, nos Estados Unidos, que começou oficialmente na última quinta-feira (26). As expectativas não se direcionavam especificamente ao evento, mas à presença de Jerome Powell, o presidente do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos.
Na verdade, o mundo acabou direcionando sua atenção às declarações de Powell, que participou do evento nesta sexta (27). De acordo com o presidente do Fed, a inflação do país, que segue em níveis historicamente altos, provavelmente passará. No entanto, Powell não sinalizou quando ocorrerão as mudanças na política monetária norte-americana.
A saber, o Fed vem comprando títulos públicos e adotando juros muito baixos desde o ano passado. Em resumo, o principal objetivo dessas medidas era ajudar a população a enfrentar a pandemia da Covid-19. Assim, o banco injetou dinheiro na economia americana ao mesmo tempo que adotou uma taxa de juros extremamente baixa.
Com o avanço da vacinação do país, as atividades econômicas fortaleceram sua recuperação. Ao mesmo tempo, o mercado de trabalho dos EUA também vem registrando fortes resultados nos últimos meses. E o Fed informa há meses que a política monetária do país começará a mudar com uma economia cada vez mais forte.
Powell fala da variante Delta e da compra de títulos
No evento, o presidente do Fed afirmou que o banco continuará paciente à espera do pleno emprego nos EUA. Por isso, continuará com as medidas que estão em aplicação, como a compra de títulos no valor de US$ 120 bilhões ao mês. Aliás, Powell não sinalizou quando o volume de compras vai diminuir.
Além disso, ele apontou os riscos da variante Delta do novo coronavírus. Em suma, essa é a cepa mais transmissível e agressiva já sequenciada do novo coronavírus. Ela também é a responsável pelo aumento dos casos e mortes nos últimos dois meses, inclusive em países com alto percentual da população imunizada.
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