Nos quatro primeiros meses de 2023, foram realizadas mais retiradas do que depósitos na poupança, algo em torno de R$57,4 bilhões, batendo um novo recorde. Portanto, os motivos que vem ocasionando tal efeito, foram a alta dos juros e da inflação.
Nesse sentido, o Banco Central informou nesta sexta (5) que tais retiradas superaram os depósitos em R $6,3 bilhões. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, houve uma queda, as saídas líquidas da caderneta de poupança em um total de R$9,87 bilhões.
Conforme as informações do Banco Central, as somas dadas no mês passado, foram um total de R$289,27 bilhões de depósitos para um total de R$295,52 bilhões de retiradas.
Assim, os resultados das saídas das cadernetas de poupança no mês passado, com relação à quantidade total aplicada, foi registrado cerca de R$ 967,5 bilhões, havendo assim uma estabilidade.
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Visão da economia atual
A inflação e os juros elevados, vem tendo reflexo nas cadernetas de poupança, com isso ocorrendo mais retiradas do que depósitos. Dessa forma, ao depararmos com a taxa básica da economia em 13,75%, a maior já em seis anos e meio, que ao somarem com as taxas cobradas pelos bancos, tende a ter a maior taxa média.
Além disso, segundo o Banco Central, seus indicadores apresentam, que segue em alta, o endividamento da população, somando assim 48,6% da renda que acumulou durante os doze meses até fevereiro deste ano.
Portanto, uma iniciativa do governo federal, está preparando um programa no qual será renegociado dívidas de mais de 40 milhões de brasileiros que estão negativados, tal programa será chamado de Desenrola.
Rendimento da poupança
A poupança, considerada a aplicação financeira preferida dos brasileiros no ano passado, registrou rentabilidade de 2%, já havendo o desconto do aumento dos preços pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Dessa forma, a poupança segue com um rendimento baixo em relação a outras opções de investimento, dado que ela possui um teto de 0,5% ao mês quando a taxa Selic ultrapassa o valor de 8,5% ao ano. Com isso, teremos 0,5% ao mês mais a TR (taxa referencial).
Como resultado, pode se dizer que ela acaba perdendo para a maioria das opções de investimento, embora a taxa TR não esteja zerada no período.
Diferença entre poupança e outras aplicações de renda Fixa
A principal diferença entre a poupança e outras aplicações de renda fixa é o rendimento oferecido. Nesse sentido, a poupança é uma aplicação de renda fixa que oferece um retorno baseado em uma taxa de juros definida pelo governo, atualmente fixada em 13,75% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial (TR). Esse rendimento é recebido na conta do titular de forma mensal.
Por outro lado, outras aplicações de renda fixa, como CDBs, LCIs, LCAs, debêntures, entre outras, oferecem diferentes taxas de juros, que podem variar conforme o emissor da aplicação, o prazo e o montante investido.
No geral, todas essas aplicações atualmente rendem mais do que a poupança. Além disso, outra diferença fundamental, está relacionada à liquidez, a poupança é uma aplicação extremamente líquida, enquanto outras aplicações podem exigir o pagamento de impostos ou outras penalidades em caso de resgate.
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