Acontece na próxima semana a sabatina do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que se despede neste ano do cargo. De acordo com informações do portal “UOL”, algumas das principais potências mundiais deixarão claro o seu repúdio às políticas adotadas durante a gestão do chefe do Executivo.
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Conforme o portal, temas como a proteção da Amazônia, situação indígena, violência contra a mulher, ataques contra o movimento LGBT+, jornalistas e mesmo a violência política durante a eleição presidencial serão lembrados em uma sabatina que terá mais de três horas e contará com representantes de governos de todo o mundo e também de entidades internacionais e nacionais.
Chamado de “Revisão Periódica Universal”, a sabatina é um momento em que governos de todo o mundo são convidados a fazer perguntas e apresentar recomendações ao país examinado. Como o governo de Bolsonaro chegou ao fim, visto que ele perdeu as eleições para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o momento será uma espécie de forma “diplomática” de os países criticarem a gestão do atual chefe do Executivo.
“As perguntas enviadas pelos países ao Brasil são consideradas como uma forma de diplomaticamente criticar Bolsonaro e escancarar o fato de que a comunidade internacional não está satisfeita com o que é feito internamente no país”, afirma a matéria do portal “UOL” publicada nesta sábado (12).
Ainda segundo o portal, nesse sentido, a escolha dos temas a serem questionados e levantados durante a sabatina será interpretada como um “revelador da crise de credibilidade do Brasil” no mundo. Não suficiente, existe a expectativa de que, ao fazer as perguntas, esses representantes apontem que esperam que a gestão de Lula seja melhor, pelo menos no que se refere aos direitos humanos.
Em entrevista ao “UOL”, um diplomata que participará da sabatina, marcada para acontecer na segunda-feira (14), foi enfático ao dizer que “a lista de cobranças é um atestado de óbito de um governo que sistematicamente violou os direitos humanos”.
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