Portugal lidera o ranking mundial de vacinação contra a Covid-19 desde o dia 9 de outubro, após imunizar 85% da população de 10,3 milhões de pessoas. Este percentual corresponde aos cidadãos que já receberam as duas doses da vacina contra a Covid-19.
A conquista foi possível em virtude da grande adesão dos cidadãos portugueses tanto à campanha de vacinação quanto às medidas de restrição implementadas desde o início da pandemia da Covid-19. Tendo em vista o sucesso no combate à pandemia em Portugal, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde de Portugal, António Lacerda Sales, esteve no Brasil nos últimos dias para tratar sobre acordos de cooperação junto ao Ministério da Saúde.
As tratativas se referem às Beneficiárias Portuguesas, com o propósito de reafirmar as parcerias junto a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O secretário demonstrou interesse nas vacinas e soros produzidos em território brasileiro pelo Instituto Butantan na cidade de São Paulo (SP). Foi então que, em Brasília, António Lacerda Sales, informou que Portugal irá doar 400 mil doses de vacina contra a Covid-19 para o Brasil.
Tratam-se de doses da AstraZeneca/Oxford. As doses doadas compõem 10% do total adquirido pelo país através do consórcio europeu de aquisição de vacinas. Além do mais, a maior parte das doações, 1,7 milhões de doses, foi destinada a países africanos de língua portuguesa. A Secretaria de Estado e da Saúde de Portugal possui o status de superintendência e de tutela sobre todos os serviços e estabelecimentos ao equivalente do Sistema Único de Saúde (SUS) de Portugal.
Junto ao Ministério da Saúde, os órgãos gerenciam políticas públicas e ações de saúde portuguesas, sobretudo no que compete à vacinação contra a Covid-19. O secretário reconheceu o sucesso da campanha de imunização em território português como fruto de planejamento e de um trabalho multissetorial que abrangeu o envolvimento de várias esferas governamentais cuja logística foi coordenada por militares.
O governo do primeiro-ministro português, o socialista António Costa, apontou que o vice-almirante Henrique de Gouveia e Melo se transformou em uma espécie de herói nacional após liderar a linha de frente da campanha de vacinação contra a Covid-19 em Portugal.
“Diversas forças entraram nessa planificação, desde o Ministério da Saúde, e a criação de uma estrutura com praticamente todos os seus organismos centrais. Também há a importância que a estrutura militar e as Forças Armadas tiveram na logística e no processo estratégico, além da colaboração interssetorial com as Câmaras Municipais, com as autarquias, com as forças de segurança e com a proteção civil”, declarou.