Na última segunda-feira, 20, o Metropolitano de Lisboa e a estrutura Recuperar Portugal assinaram o contrato de financiamento para a construção de uma nova linha de Metrô na capital portuguesa. Trata-se da linha vermelha que seguirá até Alcântara, além do metrô ligeiro que passa pela superfície de Odivelas/Loures.
Toda esta construção terá um custo estimado em 554 milhões euros relacionados ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). É importante explicar que o montante mencionado será distribuído em duas construções distintas. A primeira é a expansão da rede de Metro de Lisboa, a Linha Vermelha até Alcântara, cujo investimento fixo é de 304 milhões de euros.
A segunda medida consiste no contrato Metro Ligeiro de Superfície Odivelas-Loures, que gerou um financiamento de 250 milhões de euros. De acordo com o Metropolitano de Lisboa, o governo de Portugal tem o prazo para concluir as obras até o dia 31 de dezembro de 2025. O objetivo dessas ações é continuar promovendo melhorias à mobilidade urbana visando o desenvolvimento sustentável e a descarbonização através de benefícios ambientais associados.
A extensão da linha vermelha entre São Sebastião e Alcântara terá mais quatro quilômetros e quatro estações proporcionalmente. Serão elas: Amoeiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara. Na última linha haverá a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, que será capaz de promover este vínculo ao concelho de Oeiras (LIOS Ocidental).
Segundo o Metropolitano de Lisboa, o Metro Ligeiro de Superfície Odivelas-Loures, viabilizará 18 estações e 12 quilômetros de rede no total. Estas imersões farão parte de um corredor no formato de ‘C’ que ligará o Hospital Beatriz Ângelo ao Infantado. Também será incluída a interface e transbordo para Lisboa na estação de metropolitano em Odivelas.
A quantia adquirida por meio de financiamento já havia sido estabelecida meses atrás. Na época, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, se referia ao lote 1 do Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa, cujo propósito é fazer a ligação entre as estações do Rato ao Cais do Sodré. A construção contará com duas novas paradas, uma na Estrela e outra em Santos. O investimento aproximado é de 210 milhões de euros, e a previsão é para que a obra seja concluída no ano de 2024.
Na oportunidade, o ministro disse que, “quando surgiu a hipótese do Plano de Recuperação e Resiliência sabíamos bem onde investir, serão 554 milhões de euros para construir duas linhas [do metropolitano de Lisboa]. A primeira, o prolongamento da linha vermelha pelas Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara e aí ligando ao comboio”, destacou.
O ministro reconheceu que o prazo para a conclusão de toda essa obra é apertado e o risco geológico é evidente, o custo é alto, além da probabilidade de alterar os níveis freáticos por todo o vale de Alcântara. Todas essas são questões que requerem solução com o menor impacto possível.