O Brasil está passando por um momento importante em sua política e uma das informações mais valiosas ainda não é conhecida. Isso porque Lula ainda não nomeou seus ministros, o que deve acontecer apenas depois da diplomação do 12 de dezembro. Além disso, o papel mais esperado pelo mercado financeiro é o do Ministério da Fazenda, atual Ministério da Economia. E Haddad é o mais cotado para chefiar a pasta.
Contudo, os principais especialistas do país não concordam com o nome dele para essa função. E a previsão de que Haddad ocupará um dos principais ministérios não agrada o mercado financeiro, atrapalhando diretamente a vida do cidadão.
O que o mercado tem contra Haddad?
Antes de explicarmos o motivo de tanta rejeição ao nome de Haddad, é preciso entender que não é uma oposição direta ao político. Por isso, não se trata de nenhum malfeito do petista, nem processos judiciais ou problemas de cunho pessoal.
Isso porque o mercado financeiro queria, na verdade, um ministério chefiado por algum economista da Frente Ampla, criada por Lula para conseguir apoio na eleição. Em tese, os economistas desses partidos, como o MDB, são mais respeitosos ao Teto de Gastos e buscam a responsabilidade fiscal a todo custo. Em tese, a responsabilidade fiscal é fazer o Governo Federal gastar menos do que arrecada, o que gera mais estabilidade política no Brasil. Contudo, Haddad não faz parte desse grupo.
Isso porque Haddad é filiado de longa data do PT. Com isso, ao ocupar o cargo de ministro da Fazenda, significaria que o partido tomaria as principais decisões na economia. O problema é que Lula falou, abertamente, que não vai respeitar o Teto de Gastos e que pode gastar muito mais do que arrecada, principalmente nos primeiros anos de governo. Dessa forma, o mercado não gosta dessa ideia.
O mistério continua
Apesar das fortes especulações de que Lula nomeará Haddad para o Ministério da Economia, os petistas seguem em silêncio completo sobre essa informação. Por isso, não existe nenhuma certeza de que será esse o nome escolhido para a pasta. Contudo, Lula teria dito nos bastidores que já teria feito essa escolha.
Contudo, o nome de Haddad não agrada ao mercado por conta do que falamos anteriormente. O resultado disso é uma fuga de investidores do Brasil e um consequente aumento do dólar. Com o aumento do preço da moeda americana, o país tem mais chances de ter uma inflação alta e, com isso, ter um custo de vida ainda mais caro.
Dessa forma, Haddad, caso escolhido, precisaria agir rapidamente para criar boas relações com o mercado financeiro, principalmente conversando bastante com os principais bancos brasileiros. Além disso, o petista precisaria entregar bons resultados, como superávit primário e uma economia consolidada e sem surpresas. Apesar disso, grande parte do que o ministério fará está ligado ao orçamento do ano que vem, que já apresenta problemas para garantir o Auxílio Brasil de R$600 e o salário mínimo com reajuste real.