A população subocupada do país totalizou 6 milhões de pessoas no trimestre móvel de agosto a outubro deste ano. Esse número representa uma queda de 7,7 % na comparação trimestral e de 21,9% na anual.
Em números absolutos, houve uma redução de 496 mil pessoas nessa condição em relação ao trimestre móvel de maio a julho deste ano. Já na comparação com o trimestre móvel encerrado em outubro de 2021, a redução foi bem mais expressiva, de 1,7 milhão de pessoas.
Em síntese, esses números evidenciam a recuperação do mercado de trabalho brasileiro em 2022. A saber, os dois últimos anos foram bem difíceis para os trabalhadores do país devido à pandemia da covid-19, que provocou a perda de milhões de postos de trabalho no país.
Entre janeiro e outubro deste ano, o Brasil criou 2,32 milhões de empregos formais. Embora o dado seja expressivo e mostre a recuperação do mercado de trabalho, ainda não supera o resultado do mesmo período do ano passado (2,75 milhões de empregos).
A propósito, os dados da população subocupada foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua). Aliás, o levantamento revelou que havia 9 milhões de desempregados no Brasil no trimestre móvel de agosto a outubro de 2022.
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População subocupada impacta economia do país
Em suma, a população subocupada é composta por pessoas subutilizadas em seu trabalho, ou seja, que poderiam trabalhar mais do que realmente o fazem.
Segundo dados do IBGE, a taxa da população subocupada já estava bem alta no Brasil antes da pandemia. Com a chegada da crise sanitária, diversos profissionais sofreram com cortes de salário e jornada de trabalho, o que agravou o quadro da subocupação no país.
Em resumo, a subocupação prejudica a recuperação do consumo, principal motor econômico do Brasil. Especialistas explicam que a pessoa subocupada trabalha menos do que gostaria e tende a receber uma remuneração igualmente menor.
Assim, sua renda diminui e ela tem mais dificuldades para manter o mesmo padrão de consumo de antes. Isso quer dizer que o brasileiro passa a gastar menos, já que o seu poder de compra está menor, e isso desaquece a economia.
Aliás, os investimentos nas atividades econômicas acontecem de maneira mais forte quando a economia está aquecida. Por isso, reduzir a subocupação no país é um grande passo para ver a economia crescer.
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