O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (30) os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. E a pesquisa mostrou que a população subocupada do Brasil manteve o nível elevado no terceiro trimestre deste ano.
Em resumo, a população subocupada é composta por pessoas subutilizadas em seu trabalho, ou seja, que poderiam trabalhar mais do que realmente o fazem. Aliás, o IBGE traz a denominação “população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas”.
Para calcular o número de pessoas subocupadas, a PNAD Contínua define qual é a população ocupada do país. Em suma, essa denominação se refere às pessoas que realizam suas atividades durante horários normais de trabalho. Em outras palavras, são os trabalhadores que não são subutilizados, como no caso da população subocupada.
De acordo com o IBGE, a população subocupada vem crescendo no país desde o trimestre móvel encerrado em outubro do ano passado. Em síntese, a pandemia da Covid-19 ajudou a aumentar mais a população subocupada do Brasil do que a própria população ocupada.
Veja mais detalhes do levantamento do IBGE
A saber, a população ocupada cresceu 4,0% em relação ao trimestre anterior, o que representa uma elevação de 3,6 milhões de pessoas. Já no comparativo anual, o número disparou 11,4%, acréscimo de 9,5 milhões de pessoas ocupadas no país.
Por sua vez, a população subocupada atingiu 7,8 milhões de pessoas no trimestre. Na comparação com o trimestre de abril a junho, houve estabilidade (7,7 milhões). Já em relação ao terceiro trimestre de 2020, houve um crescimento de 23,8% (6,3 milhões de pessoas).
O IBGE também revelou que a população subutilizada chegou a 30,7 milhões de pessoas no período, queda de 5,7% na comparação trimestral (-1,9 milhão pessoas). Da mesma forma, a taxa caiu em relação ao mesmo período de 2020 (-8,9%), ou 3,0 milhões de pessoas a menos nessa condição, visto que a população subutilizada no período alcançava 33,7 milhões de pessoas.
Por fim, a taxa composta de subutilização ficou em 26,5%, queda de 2,0 pontos percentuais (p.p.) frente ao trimestre anterior (28,5%). Além disso, quando comparada ao terceiro trimestre de 2020, a taxa caiu 3,9 p.p., pois a taxa estava em 30,4% no período.
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