O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (27) os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. E a pesquisa mostrou que a população subocupada do Brasil manteve o nível elevado no trimestre encerrado em agosto deste ano.
Em resumo, a população subocupada é composta por pessoas subutilizadas em seu trabalho, ou seja, que poderiam trabalhar mais do que realmente o fazem. Aliás, o IBGE traz a denominação “população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas”.
Para calcular o número de pessoas subocupadas, a PNAD Contínua define qual é a população ocupada do país. Em suma, essa denominação se refere às pessoas que realizam suas atividades durante horários normais de trabalho. Ou seja, não são subutilizadas, como no caso da população subocupada.
De acordo com o IBGE, a população subocupada vem crescendo no país desde o trimestre móvel encerrado em outubro do ano passado. Em síntese, a pandemia da Covid-19 está aumentando mais a população subocupada do Brasil do que a ocupada.
IBGE registra acréscimo de mais de 343 mil pessoas subocupadas
A saber, a população ocupada cresceu 4,0% em relação ao trimestre de março a maio deste ano, o que representa uma elevação de 3,5 milhões de pessoas. Já no comparativo anual, o número disparou 10,4%, acréscimo de 8,5 milhões de pessoas ocupadas no país.
Por sua vez, a população subocupada cresceu 4,7% no comparativo trimestral (343 mil pessoas a mais). Já em relação ao mesmo período do ano passado, o salto chegou a expressivos 29,2%. No total, havia 7,7 milhões de pessoas subocupadas no país no trimestre móvel encerrado em agosto deste ano.
Já a população subutilizada totalizou 31,1 milhões de pessoas, queda de 5,5% na comparação trimestral (-1,8 milhão pessoas). Já em relação ao mesmo período de 2020, a taxa caiu 6,6%, ou 2,2 milhões de pessoas a menos nessa condição, visto que a população subutilizada no período alcançava 33,3 milhões de pessoas.
Por fim, a taxa composta de subutilização ficou em 27,4%, queda de 1,9 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre móvel anterior (25,5%). Além disso, quando comparada ao trimestre de junho a agosto de 2020, a taxa caiu 3,2 p.p., pois a taxa estava em 30,6% no período.
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