O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (18) os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. Dentre as informações reveladas, o IBGE destacou que a população subocupada do Brasil manteve a tendência de queda observada nos últimos meses.
Em resumo, a população subocupada é composta por pessoas subutilizadas em seu trabalho, ou seja, que poderiam trabalhar mais do que realmente o fazem. Aliás, o IBGE traz a denominação “população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas”.
Para calcular o número de pessoas subocupadas, a PNAD Contínua define qual é a população ocupada do país. Em suma, essa denominação se refere às pessoas que realizam suas atividades durante horários normais de trabalho. Em outras palavras, são os trabalhadores que não são subutilizados, como no caso da população subocupada.
De acordo com o IBGE, a pandemia da Covid-19 ajudou a impulsionar a população subocupada do Brasil nos últimos tempos. No entanto, o indicador vem desacelerando nos últimos meses. Por isso, a taxa caiu na comparação anual, mas manteve estabilidade na trimestral.
Veja mais detalhes do levantamento do IBGE
A saber, a população ocupada cresceu 1,6% no trimestre de novembro a janeiro, em relação ao trimestre móvel anterior. Isso representa um acréscimo de 1,5 milhão de pessoas nessa condição. Já no comparativo anual, o número disparou 9,4%, aumento de 8,2 milhões de pessoas ocupadas no país.
Por sua vez, a população subocupada atingiu 6,9 milhões de pessoas entre novembro de 2021 e janeiro de 2022. Na comparação com o trimestre móvel anterior, houve uma queda de 9,7% (redução de 741 mil pessoas). Já em relação ao mesmo trimestre de 2020, o indicador apresentou estabilidade.
O IBGE também revelou que a população subutilizada caiu para 27,8 milhões de pessoas no período. Esse número representa um decréscimo de 7,2% em três meses (menos 2,2 milhões de pessoas) e de 15,5% em um ano (menos 5,1 milhões de pessoas).
Por fim, a taxa composta de subutilização ficou em 23,9%, queda de 1,9 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre móvel anterior (25,7%). Além disso, quando comparada ao trimestre móvel de novembro de 2020 a janeiro de 2021, a taxa caiu 5,1 p.p., visto que a taxa estava em 29,0% no período.
Aliás, em 2021, a taxa média de subutilização ficou em 27,2%, segundo maior nível da série histórica, atrás apenas do resultado de 2020 (28,2%).
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