A população desalentada no Brasil somou 4,3 milhões no terceiro trimestre deste ano. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, o número ficou estável na comparação trimestral.
No entanto, ao comparar os números da população desalentada com o terceiro trimestre de 2021, houve uma forte queda de 17,2%. Isso representa uma redução de 887 mil pessoas nessa condição no país, ou seja, o mercado de trabalho brasileiro continua se recuperando em 2022.
A saber, os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua), que mede dados do mercado de trabalho do país. Aliás, o IBGE explica que a população desalentada é formada por pessoas que estavam fora da força de trabalho do país devido a alguma das seguintes razões:
- Não conseguia trabalho;
- Não tinha experiência profissional;
- Era muito jovem ou muito idoso;
- Não encontrou trabalho na localidade onde mora;
- Não teria condições de assumir a vaga caso conseguisse o trabalho.
Em outras palavras, os desalentados do país formam a parte da força de trabalho potencial. Isso quer dizer que eles poderiam trabalhar, mas não o fizeram devido a circunstâncias específicas.
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Percentual de desalentados fica estável no trimestre
A PNAD também mostrou que o percentual de desalentados na força de trabalho atingiu 3,8% no terceiro trimestre deste ano. Na comparação trimestral houve estabilidade, enquanto o nível recuou 0,8 ponto percentual na base anual (4,6%).
Em suma, a melhora dos dados em relação a 2021 indica que o mercado de trabalho brasileiro continua se recuperando. A decretação da pandemia em março de 2020 agravou os números da população desalentada, e os desafios não deram trégua em 2021, quando houve recordes de casos e mortes no país.
Por fim, vale destacar que o Brasil criou 2,14 milhões de empregos formais entre janeiro e setembro deste ano. Esse dado expressivo mostra a recuperação do mercado de trabalho, mas ainda não supera o resultado observado no mesmo período do ano passado (2,5 milhões de empregos).
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