A pandemia da Covid-19 provocou a perda de milhões de empregos em todo o planeta. No Brasil, a situação não foi diferente e o mercado de trabalho do país foi fortemente impactado pela crise sanitária. Como resultado, a população desalentada do país cresceu a níveis bastante elevados em 2020, mas a situação vem mudando nos últimos meses.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é responsável pela pesquisa, havia 4,724 milhões de desalentados no Brasil no trimestre móvel de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022.
A saber, este número se manteve estável em relação ao trimestre móvel anterior. Já na base anual, o valor despencou 20,2%, o que representa uma redução de 1,2 milhão de pessoas nesta condição.
Em resumo, a população desalentada é formada por pessoas que estavam fora da força de trabalho do país devido a alguma das seguintes razões: não conseguia trabalho; não tinha experiência profissional; era muito jovem ou muito idoso; não encontrou trabalho na localidade onde mora; não teria condições de assumir a vaga caso conseguisse o trabalho.
Em outras palavras, os desalentados do país formam a parte da força de trabalho potencial. Isso quer dizer que eles poderiam trabalhar, mas não o fizeram devido a circunstâncias específicas.
Veja mais detalhes do levantamento do IBGE
O IBGE ainda revelou que o percentual de desalentados na força de trabalho atingiu 4,2% entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano. Na comparação trimestral houve estabilidade, enquanto o nível caiu 1,3 ponto percentual na base anual.
Em suma, a melhora dos dados em relação a 2021 indica que o mercado de trabalho do país continua se recuperando. A decretação da pandemia em março de 2020 impulsionou os números da população desalentada no país. Contudo, os desafios enfrentados em 2021 foram ainda mais severos que os do ano anterior.
No ano passado, houve recordes de casos e mortes provocados pela Covid-19 devido à variante Delta. Já no início deste ano, a variante Ômicron fez os casos explodirem, mas a vacinação se mostrou eficaz e o quantitativo de óbitos não cresceu no mesmo ritmo.
Por fim, o IBGE também informou que a taxa de desemprego no Brasil recuou no trimestre encerrado em fevereiro. Além disso, a PNAD Contínua revelou que havia 34,6 milhões de trabalhadores com a carteira assinada no país entre dezembro e fevereiro.
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