A pandemia da Covid-19 impactou diversas atividade econômicas em todo o mundo, provocando a perda de milhões de empregos. No Brasil, a situação não foi diferente, e o mercado de trabalho do país sofreu fortes impactos da crise sanitária. E um dos principais foi o crescimento da população desalentada, especialmente em 2020.
De lá pra cá, a situação vem mostrando recuperação. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tinha 4,6 milhões de desalentados no primeiro trimestre deste ano.
A saber, o número caiu tanto na comparação trimestral quanto na anual. Em resumo, o país tinha 195 mil desalentados a mais no último trimestre do ano passado. Já em relação aos três primeiros meses de 2021, a queda chegou a 22,4% (menos 1,3 milhão de pessoas nesta condição).
Em resumo, a população desalentada é formada por pessoas que estavam fora da força de trabalho do país devido a alguma das seguintes razões:
- Não conseguia trabalho;
- Não tinha experiência profissional;
- Era muito jovem ou muito idoso;
- Não encontrou trabalho na localidade onde mora;
- Não teria condições de assumir a vaga caso conseguisse o trabalho.
Em outras palavras, os desalentados do país formam a parte da força de trabalho potencial. Isso quer dizer que eles poderiam trabalhar, mas não o fizeram devido a circunstâncias específicas.
Veja mais detalhes do levantamento do IBGE
O IBGE ainda revelou que o percentual de desalentados na força de trabalho atingiu 4,1% entre janeiro e março deste ano. Na comparação trimestral houve estabilidade (4,3%), enquanto o nível caiu 1,4 ponto percentual na base anual.
Em suma, a melhora dos dados em relação a 2021 indica que o mercado de trabalho do país continua se recuperando. A decretação da pandemia em março de 2020 impulsionou os números da população desalentada, e os desafios não deram trégua em 2021.
No ano passado, houve recordes de casos e mortes provocados pela Covid-19 devido à variante Delta. Já no início deste ano, a variante Ômicron fez os casos explodirem, mas a vacinação se mostrou eficaz e o quantitativo de óbitos não cresceu no mesmo ritmo.
Por fim, o IBGE também informou que a taxa de desemprego no Brasil recuou no primeiro trimestre de 2022. Além disso, a PNAD Contínua revelou que havia 34,9 milhões de trabalhadores com a carteira assinada no país no período.
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