A população desalentada no Brasil caiu 6,9% no quarto trimestre de 2021, na comparação com o trimestre anterior. Em números absolutos, a população desalentada atingiu 4,8 milhões de pessoas no período. Aliás, havia 356 mil pessoas desalentadas a mais no país entre julho e setembro do que no último trimestre do ano.
Já na comparação com o mesmo trimestre de 2020, a população desalentada ficou 16,6% menor. À época, havia 950 mil pessoas a mais nessa condição no país.
Da mesma forma, o percentual de desalentados na força de trabalho também ficou menor em ambas as comparações. A saber, o percentual atingiu 4,3% entre outubro e dezembro de 2021, o que representa um recuo de 0,4 ponto percentual (p.p.) na comparação com o trimestre anterior.
Em relação ao quarto trimestre de 2020, a queda foi ainda mais expressiva, de 1,1 p.p., visto que a taxa estava em 5,4% no período.
Todos esses dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A propósito, o instituto divulgou as informações nesta quinta-feira (24).
Veja mais detalhes do levantamento do IBGE
Em resumo, a pandemia da Covid-19 é a principal razão para que os resultados sejam mais expressivos na comparação anual do que na trimestral. A crise sanitária, decretada em março de 2020, trouxe muitas incertezas aos mercados globais e afundou a economia da maioria dos países.
Dessa forma, a população desalentada do Brasil disparou em 2020, bem como o percentual de desalentados. Muita gente acabou perdendo seus empregos e a renda da população ficou cada vez mais enfraquecida.
Contudo, os desafios enfrentados pelo país em 2021 com a crise sanitária foram ainda mais severos, com recordes de casos e mortes. Por isso que há quedas tanto no comparativo anual quanto no trimestral. Inclusive, os recuos das taxas dos indicadores em relação ao terceiro trimestre é um indicativo da melhora da situação do país.
Por fim, o IBGE informou que a taxa de desemprego no Brasil recuou no trimestre. O nível ficou 1,5 p.p. menor que a taxa registrada entre julho e setembro de 2021 e 3,0 p.p. menor que o nível registrado no último trimestre de 2020.