Com a aprovação da PEC Emergencial, os policiais começaram a ter a sensação de que haviam sido traídos. A emenda constitucional prevê o corte de 25% dos salários dos servidores públicos juntamente com o congelamento do aumento de cargos. De acordo com os profissionais, essa é uma desvalorização com o trabalho dos mesmos. A UPB foi em uma coletiva nesta quarta-feira (10) e agora estão pensando em uma paralisação completa, começando pelo Distrito Federal e Brasília.
Após o desentendimento com Jair Bolsonaro, os policiais começaram a ameaçar o país com greves e paralisações. Pelo “andar da carroagem”, todos os servidores públicos estão incontentes com a situação, sejam eles profissionais da saúde, professores, secretários e até mesmo policiais, aqueles que mais defendiam Bolsonaro.
Os desentendimentos começaram quando solicitaram que houvesse mudanças no texto da emenda constitucional. O presidente da República tentou intervir e solicitar que isso ocorresse, mas o relator enviou o documento para a Câmara sem atender os pedidos.
“A gente está falando em paralisação porque estamos na discussão se podemos ou não podemos fazer greve, mas não descartamos nem greve. O essencial sempre vai funcionar, estamos vendo como fazer o processo para que seja entendido pelo governo federal. Estamos extremamente insatisfeitos”, disse Edvandir Paiva, presidente da ADPF (Associação Nacional de Delegados de Polícia Federal).
PEC Emergencial foi aprovada: uma salvação para o país e policiais?
A PEC Emergencial foi aprovada na madrugada desta sexta-feira (12) e pode ir diretamente para o presidente Bolsonaro, sem que tenha a necessidade de passar novamente pelo Senado. De acordo com Arthur Lira, as mudanças foram superficiais e não há a obrigação de que as votações ocorram novamente.
“Nós seremos pela terceira vez alvo dessas medidas pensadas criadas pelo Ministério da Economia e aceitas pelo presidente. Nós, que apoiamos o presidente, estamos sendo alvos. Para os policiais que ainda não acordaram, acordem”, acrescenta Luís Antônio Boudens.
Os policiais argumentam que a segurança pública não parou em nenhum momento durante a pandemia, sempre estiveram na linha de frente e esperam que sejam tratados com mais respeito.
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