A Polícia Federal (PF) procura Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, mulher e sócia de Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria Bitcoin. De acordo com a corporação, a mulher recebeu, da empresa suspeita de cometer o crime de “pirâmide financeira”, mais de R$ 1.5 bilhões em apenas quatro meses.
Segundo a PF, no intervalo de dezembro de 2020 até abril deste ano, a empresa MYDZ Tecnologia, que só tem Mirelis como sócia, recebeu a quantia citada em 273 transferências.
Além disso, as investigações também constataram que três transferências, no total de R$ 15 milhões, foram feitas para a GAS, na conta da suspeita.
Junto do marido, Mirelis é acusada de chefiar o esquema de fraude ao sistema financeiro nacional. Nesse sentido, a PF, e também o Ministério Público Federal (MPF), investigam Mirelis por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Mirelis está nos EUA
Hoje, Mirelis está em Miami, nos Estados Unidos, informou a Polícia Federal. De acordo com as informações, ela está no país desde o último dia 23 e teria entrado em solo americano com visto de estudante.
O nome da mulher de Glaidson, suspeito de ter movimentado mais de R$ 38 bilhões e preso pela PF em uma mansão na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na quarta-feira (25), está agora na difusão vermelha da Interpol como foragida.
Relembre o caso da pirâmide financeira
O MPF revelou, na segunda-feira (23) passada, que estava investigando se a empresa GAS Consultoria Bitcoin, companhia com o maior número de investidores na cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, vinha praticando golpes do tipo pirâmide financeira.
De acordo com o órgão, o foco era Glaidson Acácio, dono da empresa, alvo de uma denúncia há dois anos por possível prática do crime utilizando uma aplicação disfarçada em bitcoins, uma criptomoeda.
Segundo o órgão, a investigação apurou que Glaidson Acácio prometia lucros de 10% por mês nos investimentos em criptomoedas. No entanto, a GAS Consultoria Bitcoin não tinha site, rede social e seu telefone disponível na Receita Federal sequer funcionava.
De acordo com o MP, segundo um registro do Ministério do Trabalho, até 2014, o preso desta quarta (25) recebia cerca de R$ 800 por mês como garçom. Em abril deste ano, no entanto, a vida de Glaidson Acácio estava bem diferente. Prova disso é que, durante uma operação, a PF apreendeu mais de R$ 7 milhões em Búzios, também no Rio de Janeiro.
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