A Polícia Militar (PM) está procurando um casal suspeito de estar fazendo parte de uma quadrilha que obriga motoristas de aplicativos a fazer transferências via Pix. De acordo com a corporação, o mais novo crime dos suspeitos aconteceu na noite de terça-feira (24), na Zona Sul da São Paulo.
Segundo a corporação, o crime cometido pelo casal tem se tornado cada vez mais comum. Isso porque, ainda conforme a entidade, bandidos estão migrando para esse tipo de sequestro-relâmpago, o que fez com que, somente neste ano, o crime em questão tenha crescido 40% nos sete primeiros meses de 2021 ante o mesmo período de 2020.
Como funciona o assalto do Pix
De acordo com as investigações, para cometer o crime, os criminosos sempre agem da mesma forma: eles pedem um carro por aplicativo e, quando chegam no destino final, abordam a vítima com uma arma e exigem que ela faça uma transferência de dinheiro via Pix.
Em entrevista ao jornal “SP2”, da TV Globo, o motorista que foi vítima do casal na terça-feira (24) revelou que o homem deu uma “gravata” nele logo depois que a mulher desceu do carro. Além deles, informou o condutor, um terceiro criminoso apareceu e exigiu uma transferência de R$ 4 mil.
Ao ameaçar o motorista, o bandido chegou a tirar o cartucho da arma a fim de demonstrar que ela era mesmo de verdade, afirmando ainda que atirou na perna do último condutor que não havia “colaborado” com ele. ‘”Colabora, faz o que nós estamos pedindo pra você. O objetivo é só o Pix’. A partir disso, passei a senha para eles, e eles acabaram efetuando essa transação”, disse o motorista na entrevista.
Por fim, a PM ainda revela mais duas informações. A primeira é que o casal fugiu, mas o terceiro elemento que apareceu durante o assalto foi preso por agentes da corporação que realizavam uma ronda pela região. Já a segunda da Polícia Militar é que, apesar de as transações identificarem o nome de quem recebe o dinheiro, não é fácil comprovar o envolvimento dessas pessoas.
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