Agentes da Polícia Civil prenderam uma dupla nesta segunda-feira (02) suspeita de praticar o golpe do falso curso profissionalizante. De acordo com a corporação, a prisão em flagrante aconteceu em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.
Ainda conforme a Polícia Civil, os dois foram capturados em um clube em São Pedro da Aldeia. Por lá, eles faziam inscrições de dezenas de pessoas no falso curso profissionalizante de operador de máquinas pesadas.
Inicialmente, o curso seria gratuito. Todavia, após apresentação do método, a dupla revelava que cobraria taxas que variavam entre R$ 750 e R$ 1.500, de acordo com a forma de pagamento. Segundo eles, o valor cobrado seria para a manutenção e suporte pedagógico feito por uma segunda empresa.
Com as investigações, a Polícia Civil constatou que o dinheiro, na realidade, era repassado a um terceiro estabelecimento, que assim como as outras empresas envolvidas, têm sede no estado de São Paulo.
Vítimas do golpe
Um levantamento feito a partir de um site de reclamação na internet apontou que ao menos 40 pessoas foram vítimas do esquema criminoso no país, podendo este número ser ainda maior. No início, as aulas aconteceriam à distância, por uma plataforma de ensino.
Por outro lado, o final do curso, segundo a dupla, aconteceria de maneira presencial, com aulas práticas – que nunca aconteciam. “As vítimas alegam nunca terem concluído o curso por diferentes motivos, desde o não recebimento de login da plataforma on-line, como a não realização das aulas práticas conforme prometido pelos golpistas”.
Além disso, a Polícia também descobriu que os cursos oferecidos pela dupla eram ofertados por um valor bem abaixo do praticado no mercado para atrair as vítimas. Tal fato pode caracterizar mais um tipo de fraude, informou a corporação.
Hoje, a linha inicial de investigação prevê a existência de um sistema especializado na venda de falsos cursos por essas empresas em todo o Brasil. Até o momento, somente a dupla foi presa – os dois estão no Rio de Janeiro, à disposição da Justiça.
Leia também: Yasmin Brunet diz ter perdido R$ 7,9 mil em ‘golpe do delivery’