A Polícia Civil revelou nesta terça-feira (18) que investiga uma suposta tentativa de intimidação à presença de agentes da Polícia Militar (PM) que faziam uma ronda na região durante o momento em que o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) participava de um evento em Paraisópolis, zona sul de São Paulo.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Osvaldo Nico Gonçalves, ainda não é possível descartar outras linhas de investigação sobre o caso, que foi registrado na segunda-feira (17). Já Elisabete Ferreira Sato, diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa, responsável pelo inquérito, em entrevista coletiva, relatou que o tiroteio foi resultado de “uma eventual intimidação pela presença dos policiais militares que foram identificados na comunidade”.
“Eles foram descobertos”, disse ela, relatando ainda que cinco agentes da PM foram ouvidos e uma equipe de investigação com três delegados, dois peritos e papiloscopistas estão analisando o ocorrido. Além disso, ela também relatou que os investigadores estão apurando câmeras de segurança do comércio na região, bodycams dos policiais militares e outros itens como cartuchos de armas de quatro calibres diferentes.
Até o momento, a investigação descobriu que dois agentes da PM foram deslocados para o entorno de Paraisópolis depois que a visita de Tarcísio de Freitas foi confirmada. Na ocasião, eles fariam um serviço de apoio e observação, sem entrar na comunidade. Além deles, outros dois policiais sem farda também acompanhavam a equipe do candidato em uma viatura descaracterizada. Isso, mais próximos ao local do tiroteio.
Em dado momento, de acordo com a Polícia Civil, observadores constataram que os agentes disfarçados eram policiais e, com isso, um grupo de cerca de 20 bandidos teria se deslocado perto do local onde os policiais estavam, iniciando assim o tiroteio, que culminou em vários carros alvejados e em um suspeito, identificado como Felipe Silva de Lima, morto.
Depois do tiroteio, Tarcísio de Freitas e sua equipe, que ainda não foi ouvida, saíram do local em uma van. Na segunda, o candidato ao governo de São Paulo afirmou que foi vítima de um ataque por uma briga territorial. Nesse sentido, ele descartou que o caso se trate de um atentado político.
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