A empresária e blogueira Maria Cristina Fontes de Mattos, mais conhecida como Tininha Mattos, foi intimada na sexta-feira (03) pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro por conta de um vídeo que ela postou nas redes sociais falando sobre o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
O vídeo em questão foi gravado em março deste ano. Na ocasião, a blogueira falou sobre esfaquear Bolsonaro e um dos filhos, justamente Eduardo Bolsonaro (PSL). De acordo com as informações veiculadas pela “TV Globo”, a polícia diz que a blogueira, que prestará depoimento na próxima sexta-feira (10), teria cometido crime contra a Segurança Nacional.
A intimação foi feita após um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro, que solicitou diligências após uma denúncia de ameaça de “facada” e incitação à violência contra a família Bolsonaro.
Na gravação da blogueira, ela lamenta ter chegado atrasada em seu trabalho e, por conta disso, ter perdido a chance de encontrar com o presidente e seus filhos, que estavam na mesma região.
Ainda no vídeo, a mulher conta que, por conta desse atraso, perdeu a oportunidade de fazer o que ela chamou de “escândalo”. Não suficiente, ela disse que iria “dar outra facada no Bolsonaro com uma faca de pão”. “Provavelmente no Eduardo Bolsonaro que é quem eu mais odeio”, completou.
Ação de Eduardo Bolsonaro
Depois que os vídeos viralizaram, o deputado entrou com uma ação de indenização por danos morais contra Tininha Mattos, afirmando que a empresária publicou uma série de vídeos com conteúdo ofensivo.
Todavia, para a defesa da blogueira, o inquérito é ilegal. Em nota, Jefferson de Oliveira, advogado da empresária, disse que a mulher fez o vídeo em tom de brincadeira e de forma irônica.
“A defesa de Maria Cristina Mattos informa que a cliente foi intimada hoje, data 3 de dezembro, para prestar esclarecimentos sobre um inquérito inconstitucional e ilegal uma vez que ela jamais cometeu crime”, começou.
“Essa afirmação foi também compartilhada pelo próprio deputado em audiência de conciliação no 6º Juizado Especial de Brasília”, disse o advogado, finalizando que vai impetrar um habeas corpus nos próximos dias, pois o “inquérito é manifestamente ilegal”.
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