A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (25), a Operação Katecho envolvendo beneficiários do Auxílio Brasil. Com isso, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade de Guajará, no interior do Amazonas.
A saber, quarenta policiais federais foram mobilizados para investigar a retenção de cartões do Auxílio Brasil por comerciantes da cidade, em troca de mercadorias e de empréstimos com juros abusivos de até 30% ao mês.
Além disso, há relatos de ameaças aos beneficiários.
Investigação sobre a retenção dos cartões do Auxílio Brasil
A investigação teve início a partir de denúncias de moradores. Além da retenção de cartões do Auxílio Brasil, existem relatos de que benefícios previdenciários de moradores e de indígenas eram retidos pela suposta quadrilha.
Ainda mais, as investigações captaram ainda ameaças de traficantes e até de policiais militares para inibir que os contemplados pelo Auxílio Brasil fizessem as denúncias.
Vale destacar que os infratores são investigados por apropriação indébita, estelionato e extorsão, além do delito de usura, tipificado como crime contra a economia popular.
O nome da operação, Katecho, é uma palavra grega que significa “reter com firmeza, possuir, deter”, uma referência ao modus operandi dos investigados.
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Empréstimo consignado
Em entrevista ao programa Voz do Brasil, também nesta terça-feira (25), o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, fez elogios à operação da Polícia Federal e explicou que, agora, os beneficiários do Auxílio Brasil passaram a ter uma ferramenta para se defender desse tipo de situação.
Com a implementação do crédito consignado para os inscritos no Auxílio Brasil, mais de 21 milhões de famílias passaram a ter acesso ao mercado formal de crédito.
“Antes os beneficiários acabavam nas mãos de agiotas e de traficantes, como esses presos na operação da Polícia Federal. Agora, com o crédito consignado, eles acessam o dinheiro a juros mais baixos e garantem sua autonomia, sua liberdade”, afirmou Ronaldo Bento.
Para quem não está familiarizado, pelas regras do empréstimo consignado do Auxílio Brasil, as instituições bancárias podem adotar juros de no máximo 3,5% ao mês e não podem cobrar qualquer taxa adicional para a abertura de crédito.
O prazo máximo de pagamento é de 24 meses e a parcela máxima a ser comprometida pelo beneficiário é de R$ 160 ao mês.
E além disso, as instituições bancárias também são responsáveis por prestar informações sobre crédito consciente e educação financeira para os integrantes do programa de transferência de renda do Ministério da Cidadania.
Com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério da Cidadania e da Polícia Federal
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