A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) caiu, muito provavelmente, por conta do remédio que tomou para dormir, revelou nesta sexta-feira (13), a Polícia Civil do Distrito Federal. Assim como publicou o Brasil123, a parlamentar acordou, na madrugada no dia 18 de julho, com marcas de sangue no chão do apartamento onde mora e com vários hematomas, sem se recordar do que poderia ter ocorrido.
Segundo a Polícia Civil, com as investigações, não foi possível constatar elementos que comprovassem violência doméstica, atentado ou agressão por parte de terceiros. Agora, o caso da deputada será encaminhado ao Judiciário e ao Ministério Público Federal (MPF), que darão prosseguimento às diligências.
Em nota, a defesa da deputada afirmou que “confia no trabalho técnico da Polícia Civil de Brasília” e que “acata a decisão técnica do Instituto de Medicina Legal (IML)”. Além disso, os advogados da parlamentar disseram que ela sempre se colocou à disposição para o descobrimento da verdade e que o caso serviu para que a segurança nas residências fosse discutida.
“Ressalta que, de qualquer maneira, o episódio serviu para discutir a segurança nas residências oficiais. A defesa elogia o profissionalismo tanto da polícia legislativa quanto da polícia civil”, disse a defesa no comunicado.
Lesões da deputada
Quando o caso aconteceu, a parlamentar, ao acordar, notou que estava com dois dentes quebrados e um corte no queixo. Além disso, uma equipe médica também constatou que Joice Hasselmann teve cinco fraturas no rosto e na costela.
No dia do fato, ela revelou que foi socorrida pelo marido, o médico Daniel França, que estava no apartamento, mas dormindo em outro quarto. Alguns dias depois, após levantar a hipótese que poderia ter sofrido um ataque, Joice Hasselmann voltou atrás e, junto com seu companheiro, afirmou que acreditava que o caso se tratava de uma queda.
A investigação
Durante as diligências do caso, peritos analisaram as câmeras de segurança e concluíram que nenhuma pessoa estranha havia entrado no imóvel da deputada, um apartamento funcional localizado em Brasília.
Na ocasião, o inquérito foi encaminhado para o MPF, mas o procurador Wellington Divino Marques de Oliveira devolveu os autos à corporação, dizendo que só iria se manifestar após a conclusão de todos os laudos periciais.
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