O caso da agente da Polícia Militar (PM) Juliane dos Santos Duarte, sequestrada, torturada e morta em Paraisópolis, Zona Sul de São Paulo, em 2018, ainda não foi solucionado. Isso porque, três anos após o crime, a polícia ainda procura três integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) acusados de participarem do crime.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), quatro suspeitos estão presos, mas, por conta da pandemia da Covid-19, os acusados ainda não tiveram suas audiências marcadas, ou seja, eles ainda não foram ouvidos sobre o caso.
Segundo o órgão, os suspeitos que continuam foragidos são:
- Ricardo Vieira Diniz (Boy);
- Everton Guimarães Mayer (Tom);
- Luiz Henrique de Souza Santos (Tufão ou Luizinho).
Já os réus que estão presos foram identificados como:
- Felipe Carlos Santos de Macedo (Pururuca);
- Eliane Cristina Oliveira Figueiredo (Neguinha);
- Everaldo Severino da Silva Felix (Sem Fronteira);
- Felipe Oliveira da Silva (Tirulipa).
Conforme aponta o Ministério Público paulista, todos os sete suspeitos são acusados de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe com utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A morte da PM Juliana
De acordo com as investigações, a agente da PM Juliana era soldada da corporação e, à época do crime, tinha 27 anos. Segundo o MP, o crime aconteceu depois que a policial, mesmo à paisana, se identificou como integrante da entidade dentro de um bar em Paraisópolis.
No local, estavam os criminosos, que são acusados de fazerem parte do PCC, a principal facção criminosa do país. No dia do crime, Juliana estava de folga e havia ido à região comemorar o aniversário do filho de um casal de amigos.
O sumiço da mulher aconteceu após um dos clientes do bar relatar que seu celular havia sumido. Prontamente, a PM revelou que era policial e que ajudaria a encontrar o aparelho, sendo, neste momento, que os bandidos agiram e pegaram a vítima.
Ao todo, Juliana passou quatro dias desaparecida, até ser encontrada morta, dentro de um carro. Assim como citado anteriormente, os réus foragidos são três homens. Já entre os presos estão também três rapazes e mais uma mulher.
Todos do grupo são acusados de cárcere privado, tortura e assassinato da agente da PM. Além disso, eles também respondem pelo crime de associação criminosa, por fazerem parte do PCC.
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