Embora o novo RG ainda não tenha sido implementado pelo Governo Federal em Alagoas, algumas pessoas já notaram a falta de um campo importante. O caso é que foi retirado um espaço utilizado antes para incluir observações. Dessa forma, a Superintendência do Instituto de Identificação do Estado questionou o detalhe.
Segundo o Superintendente do órgão, Anízio Amorim, esse é o espaço utilizado para acrescentar o tipo sanguíneo e o fator, além de patologias através da CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde).
Desse mesmo modo, em Alagoas esse espaço é utilizado também para inserir a etnia como por exemplo, de povos tradicionais como quilombolas e indígenas.
Contudo, a informação do superintendente é que todas essas informações estão inseridas do QR Code do novo RG. Sendo assim, caso tenha alguma emergência, os dados poderão ser acessados através desse código e, se precisar de socorro médico, por exemplo.
Ainda segundo o superintendente, essas informações são fundamentais, pois permitem que os socorristas acessem dados rapidamente sobre o cidadão e possam prestar os socorros médicos necessários, preservando a saúde e até salvando vidas.
Ele completa ressaltando a importância da exposição das etnias, bem como povos tradicionais. Afinal de contas, essas informações são tradições que fazem parte do documento há mais de 70 anos.
Sobre o novo RG
O novo RG possui regras estabelecidas pela Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO- sigla em inglês). Desse modo, para estabelecer padrões internacionais na emissão do documento.
Sendo assim, o novo modelo de RG, unifica o número de CPF nacionalmente, ou seja, a partir do QR Code, é possível validar eletronicamente a autenticidade. Além disso, é fácil de ser lido de qualquer aparelho adequado, como um smartphone, por exemplo.
Assim, fica mais fácil também saber se foi extraviado ou furtado. Nesse sentido, também tem a inclusão de um código que tem padrão internacional, cujo nome é MRZ.
Contudo, vale lembrar que o novo RG só é usado em postos imigratórios de países do Mercosul. Dessa forma, será usado em viagens, com um código que é o mesmo utilizado em passaporte. Porém, para outros países fora do Mercosul, ainda será obrigatório o uso de passaportes.
A validade do novo documento é de 10 anos para cidadãos com até 60 anos de idade. No entanto, para quem tiver acima de 60 anos, ainda valerá o RG antigo e por tempo indeterminado.
O que deve conter no novo RG
As regras que tangem a emissão do novo RG estão descritas em uma resolução que foi aprovada no dia 29 de setembro.
Dessa forma, o documento deve ter o nome do estado em que foi emitido e também da Secretaria de Segurança Pública ou então, do serviço de identificação.
Além disso, deve constar na CIN o nome do cidadão, bem como o nome social – caso tenha, e dados como o número do CPF, data de nascimento, sexo, a validade e a naturalidade.
Emissão do documento em duas versões
O novo modelo de RG vai ser emitido em duas versões, ou seja, digital e física. Nesse caso, ambos os modelos terão o mesmo layout e segurança. O documento físico é mais um meio para quem não tem acesso a internet.
Contudo, que tiver o devido acesso, poderá utilizar o portal gov.br a solicitação da versão digitalizada, porém, dever ser feita após a emissão do modelo físico.
Com isso, será possível autentificar o documento a partir do QR Code presente no novo RG. Esse código pode ser lido tranquilamente por todos e permitirá que a identidade do cidadão seja checada, facilitando em casos de furto.
A ideia do novo documento é padronizar e facilitar a vida do cidadão, principalmente, em casos em que ele precise fazer viagens para países do Mercosul. Sendo assim, não precisará do passaporte.