O Banco Inter, um dos principais bancos digitais do Brasil, criou algumas regras estranhas que causaram polêmica e foram criticadas após serem divulgadas na internet.
Saiba mais sobre essa polêmica a seguir.
Cartilha do Banco Inter causa polêmica
O Banco Inter criou uma cartilha para seus funcionários com recomendações sobre como se vestir e se arrumar para o trabalho.
Assim, as regras incluem proibições como lingerie visível, roupas com bolinhas, barba malfeita e cabelo desalinhado.
Além disso, o banco orienta que os funcionários mantenham o material de trabalho organizado e não usem canetas mastigadas.
Desse modo, a cartilha gerou controvérsia e muitas críticas na internet.
Regras do Banco Inter provocam revolta
Um funcionário do Banco Inter enviou ao portal Metrópoles uma lista de recomendações elaborada pelo banco, que inclui condutas que devem ser evitadas, como unhas e sobrancelhas mal cuidadas, maquiagem borrada ou excessiva e cabelo sujo ou mal arrumado.
Além disso, o banco proibiu o uso de películas de celular quebradas, capinhas sujas e acessórios e bolsas velhas por parte dos funcionários.
Com isso, é evidente que as pessoas não ficaram muito satisfeitas com estas “recomendações”.
Ademais, o Metrópoles procurou a advogada Nathália Ohofugi, que explicou que algumas exigências no ambiente de trabalho podem ser consideradas abusivas.
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Práticas abusivas?
A advogada Nathália Ohofugi afirmou que é sensato e está dentro do poder do empregador exigir que os funcionários tenham higiene básica e boa aparência.
No entanto, ela ressaltou que exigir que os funcionários usem sempre roupas novas e tenham cabelo cortado pode ser considerado abusivo e, nesse caso, a empresa deve arcar com os custos. As declarações foram dadas ao Metrópoles.
Todavia, a professora de direito do trabalho Moara Lima, do Centro Universitário de Brasília (Ceub), afirmou em entrevista ao Metrópoles que o poder do empregador não é ilimitado e que ele não pode emitir instruções com conteúdo discriminatório.
Resposta do Banco Inter
Devido à situação, o banco digital foi obrigado a fazer uma declaração.
Assim, o Banco Inter disse ao Metrópoles que respeita a privacidade de seus funcionários e que o conteúdo foi revisado e alterado.
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Veja a lista completa com as exigências:
- Lingerie marcando ou aparecendo;
- Roupas com bolinhas (peeling);
- Roupas amassadas, furadas, manchadas ou desbotadas;
- Acessórios, calçados e bolsas velhos, sujos ou danificados;
- Unhas e sobrancelhas mal cuidadas;
- Barba malfeita e cabelo sem corte;
- Maquiagem borrada ou excessiva;
- Cabelo sujo ou mal arrumado;
- Material de trabalho bagunçado e caneta com a tampa mastigada;
- Cheiros fortes, como excesso de perfume ou mau odor;
- Roupas com pelos de animais de estimação, pó ou caspa;
- Telefone celular com capa velha, partes sujas ou película quebrada;
- Mau hálito e chulé.
Além disso, um dos pontos que chamou a atenção no documento foi a questão do mau hálito e chulé, com comentários indicando que é importante zelar pela higiene pessoal no ambiente de trabalho.
Contudo, alguns argumentam que a moda é cíclica e o que era proibido em um momento pode se tornar normal em outro, como roupas rasgadas.
Entretanto, há quem defenda que isso não significa que seja apropriado em um ambiente de trabalho onde as pessoas convivem e trabalham juntas.
Por tal fato, este documento dividiu opiniões e causou polêmica. Afinal, é abusivo ou não?
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