Nesta última sexta-feira (25), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados relacionados ao índice de pobreza da população brasileira. A comparação foi feita entre os dados de 2009 e os dados de 2018. Em 2009, aproximadamente um a cada quatro brasileiros (44,2%) estavam vivendo em algum grau de pobreza em 2009. Em números absolutos, o índice representava 84,1 milhões de pessoas, mostrando o quão alto estava o número naquele período e o quanto de trabalho deveria ser realizado para reduzir a desigualdade social.
Contudo, o estudo divulgado pelo IBGE apontou que o índice foi reduzido pela metade em 10 anos. Nesse sentido, em 2018, o índice era de 22,3%, o equivalente a 46,2 milhões de pessoas em números absolutos. O Índice de Vulnerabilidade Multidimensional também caiu na mesma promoção, sendo reduzido de 14,5 para 7,7, apontando redução na quantidade de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade econômica. Ao analisar os dados entre regiões urbanas e rurais, é possível ter uma melhor percepção sobre tais informações. Por exemplo, nas regiões urbanas, a pobreza foi reduzida de 37,3% para 17,3%. Por outro lado, nas regiões rurais, a redução foi de 77,8% para 51,1%.
IBGE também fez análise da pobreza pelas regiões brasileira
Ao realizar a análise por região brasileira, foi possível observar que as regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores quedas na quantidade de pessoas com algum grau de pobreza. Nesse sentido, na região Norte, a quantidade de pessoas nesta situação foi reduzida de 73,3% para 43,8%, enquanto para a região Nordeste foi reduzida de 69,2% para 38,2% dentro de 10 anos.
Por outro lado, a região Sul se manteve como o local com a menor proporção de pessoas com algum grau de pobreza. Na localidade, apenas 8,9% das pessoas se encontram nesta condição. A taxa foi atingida após a região ter reduzido 14% no índice, sendo a única apresentando o índice abaixo de 10% da população com algum grau de pobreza.
Índice melhora, mas disparidades continuam
Segundo o analista da pesquisa do IBGE, Leonardo Santos de Oliveira, embora o índice tenha apresentado uma clara melhora, as diferenças não foram eliminadas. Existem diversas disparidades, principalmente nas famílias que possuem a pessoa de referência parda ou negra. Isto indica a quantidade de trabalho a ser realizado para eliminar tais diferenças sociais.
Além disso, a pesquisa do IBGE aponta que questões como a falta de acesso a serviços financeiros, educação, transporte e lazer apresentaram um maior impacto nas famílias brasileiras, influenciando nos graus de pobreza e vulnerabilidade. Sendo assim, estratégias do mais diversos tipos são necessários para reduzir a pobreza, levando em conta todas as questões abordas pela pesquisa.