Dois policiais militares estão respondendo à acusação de ajudar milicianos em um assalto contra um dos seus colegas de trabalho. Tudo aconteceu ainda no dia 19 outubro de 2017. Mas tudo só veio à tona agora nesta semana.
Tudo começou na madrugada daquele dia. Um policial militar e um amigo foram rendidos por milicianos em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Logo depois, uma viatura da polícia chegou. Dentro dela estavam o soldado Rafael de Figueiredo Bilônia e o sargento Alexandre Bittencourt de Azevedo.
Um alívio para as vítimas, certo? Errado. Os dois policiais, que estavam de farda, desceram da viatura e ajudaram os milicianos. Eles algemaram o policial e o seu amigo e os colocaram na viatura da polícia. Enquanto isso, eles negociaram com os milicianos o que fazer com eles.
E decidiram roubá-los. De acordo com depoimentos, os policiais levaram as duas vítimas para as suas casas e roubaram uma série de coisas. Entre elas estão: uma moto Yamaha XT660, uma TV, um notebook, um smartphone, um relógio, um revólver de calibre 38 e mais 900 reais. Isso incluindo portanto pertences das duas vítimas.
Ajuda aos milicianos
Tudo isso veio à tona agora em uma investigação da Corregedoria da Polícia Militar (PM) e do Ministério Público (MP). De acordo com as informações da imprensa, o processo foi encaminhado para a Justiça no início do mês de setembro.
No último dia 26, a juíza Ana Paula Ponte Figueiredo mandou prender os policiais. Eles agora respondem por roubo, concussão e corrupção. Ela argumentou ainda que se eles estivessem soltos eles poderiam intimidar testemunhas.
Em depoimento, os dois policiais chegaram a negar que eles tenham ido até a casa do colega PM e do seu amigo. Mas os dados do GPS comprovam a versão das vítimas.