O brasileiro tem uma expectativa de vida de aproximadamente 80 anos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), entretanto, viver muito não significa envelhecer bem.
Além da pandemia da Covid-19 ter reduzido em dois anos a longevidade no país vale destacar que outros fatores vêm contribuindo para um envelhecimento de risco.
Segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) 65% das pessoas acima de 60 anos são hipertensas, inclusive são as que mais sofrem com depressão.
Seja pelas mudanças fisiológicas naturais do tempo, como também pelo estilo de vida que abrange todo o contexto socioeconômico e cultural do indivíduo, o envelhecimento pode até parecer uma fase negativa, associada a doenças, perdas e incapacidade, porém, tudo isso pode ser revertido através de um planejamento.
Planejamento da velhice
Para especialistas em geriatria planejar a velhice deveria ser uma regra, assim como a vida adulta é planejada desde a infância ou adolescência.
Isso ajudaria a preparar o indivíduo fisicamente e mentalmente para as mudanças que ocorrem neste período.
Dentre as principais ações que integram o planejamento da velhice estão:
- Cuidar da saúde física e mental
- Manter-se mentalmente ativo
- Cultivar relações verdadeiras
- Cultivar alguma forma de espiritualidade (não necessariamente ligada à religião)
- Manter em ordem a vida doméstica, financeira e familiar
Seguindo esses quesitos, o envelhecimento acaba se tornando uma experiência segura e enriquecedora.
Novas oportunidades
A velhice também pode ser vista como uma fase para novas oportunidades e experiências.
Muitos dos indivíduos ao chegar aos 60 anos já não fazem planos, um grande erro que acaba contribuindo para o adoecimento mental.
Lembrando que nem sempre os planos estão relacionados a trabalho ou ganhos financeiros e sim, formas de aproveitar mais o tempo, descobrir habilidades e paixões que antes eram impossíveis com a atribulação do dia a dia.
Para encaminhar os idosos nesses novos desafios há algumas mentorias, que contam com o auxílio de profissionais especializados em atividades físicas e psicológicas para quem busca envelhecer bem.
Dentre as propostas ofertadas nestas mentorias de planejamento da velhice, as mais comuns são:
- Iniciar uma prática esportiva ou relaxante como hidroginástica, Yoga, xadrez entre outras;
- Garantir novos conhecimentos participando de cursos e capacitações;
- Ter o hábito da leitura e de práticas que ajudem a melhorar a cognição;
- Se conectar mais com a natureza e meio ambiente seja fazendo passeios ou até cuidando das plantas em casa;
- Participar de ações sociais.
Existem várias outras formas de aproveitar da velhice respeitando cada limitação e preferência, basta reconhecê-la como uma experiência exclusiva, que não pode ser desperdiçada, assim como qualquer outra etapa da vida.
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