O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou em entrevista que o presidente Bolsonaro sugeriu que houvesse a mudança da bula de remédio de cloroquina para que pudessem realizar o tratamento da Covid-19. A fala ocorreu durante o seu depoimento sobre a Covid-19 e a CPI de investigação do governo federal sobre possíveis omissões e negligências.
“Testemunhei várias vezes, em reuniões de ministros, o filho do presidente [Carlos Bolsonaro], que era vereador no Rio de Janeiro, tomando as notas da reunião. Eles tinham constantemente reuniões com grupos dentro da presidência. Tinham um assessoramento paralelo”, afirmou.
Mandetta argumentou que coube a ele juntamente com outros membros da Anvisa barrarem as atitudes do presidente Jair Bolsonaro. Caso contrário, ele teria colocado a cloroquina como tratamento obrigatório da Covid-19.
Nelson Teich também deve ser ouvido como testemunha ainda nesta tarde (04). Em suma, a sessão teve início por volta das 10h20. Mandetta foi demitido em abril de 2020, no início da pandemia da Covid-19, por estar indo contra os desejos do presidente Jair Bolsonaro. Argumentou que desde o início se manteve contrário a todos os posicionamentos do presidente.
O intuito dos Congressistas é saber quais foram os eventuais erros cometidos pelo governo durante o início da crise da Covid-19 e que, futuramente, iriam desencadear na explosão de 409 mil casos.
Marcelo Queiroga e a Covid-19
Marcelo Queiroga, atual ministro da Saúde, também deve ser chamado para depor. Nelson deve se apresentar por volta das 14h e ficou apenas um mês no governo antes de ser retirado por outro candidato.
Atualmente, cerca de 6,9% da população recebeu a vacina do coronavírus. Queiroga afirmou na última semana que, a partir desta segunda-feira (03), tudo estaria resolvido visto que os desenvolvedores chineses tinham atrasado as entregas.
Estou morta de fome