Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), afirmou na noite de sábado (19) em um vídeo publicado nas redes sociais, que a sigla liderada por ele irá pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a invalidação dos votos registrados em urnas produzidas até 2020. “Pelo estudo que nós fizemos, tem várias urnas que não podem ser consideradas”, disse ele.
No vídeo, Valdemar Costa Neto afirmou que o PL vai propor a invalidação até a próxima terça-feira (22). Segundo ele, as urnas inválidas seriam as que foram produzidas até o ano de 2020 porque, supostamente, elas teriam o mesmo número de patrimônio e isso “inviabilizaria uma fiscalização urna por urna”.
Ainda no vídeo, o presidente do PL, partido que tem entre os filiados o chefe do Executivo Jair Bolsonaro, alegou que um estudo feito pela legenda mostrou que, ao todo, este problema alegado pode ter atingido até 250 mil urnas.
Mesmo com o pedido do PL, importante lembrar que não há qualquer indício de fraude ou problema técnico no pleito, visto que o Tribunal de Contas da União (TCU) e as próprias Forças Armadas já atestaram a confiabilidade das eleições. Além dos órgãos citados, três missões internacionais de observação eleitoral também emitiram relatórios que atestam a segurança das urnas.
De acordo com uma reportagem do portal “UOL”, as urnas produzidas até 2020 e os aparelhos mais antigos, como os usados em 2018, quando Bolsonaro foi eleito, já haviam passado pelo chamado Teste Público de Segurança (TPS) em anos anteriores – o modelo de 2020 foi submetido pelo TSE à análise de peritos de universidades federais neste ano.
No vídeo, Valdemar da Costa Neto afirma que “tinha tranquilidade” a respeito dos resultados das urnas eletrônicas. “Eu disputo eleições desde 1990 e as urnas estão aí desde 94. Nunca tive preocupação com isso”, disse ele, explicando que, contudo, seu posicionamento mudou depois do que ele classificou como uma “insistência de Bolsonaro” para com o assunto.
Conforme Valdemar Costa Neto, Bolsonaro, que foi derrotado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e seus aliados, teriam pressionado o partido para completar o estudo sobre as urnas. “Eles insistiram comigo, aí insisti com o pessoal, eles foram lá e descobriram isso aí”, afirmou o líder do PL.
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