Na última terça-feira (2), o Banco Central afirmou que o Pix vai ficar mais seguro. Isso pois ele vai ganhar um reforço de segurança a partir do dia 5 de novembro. Como já havia sido revelado em outubro do ano passado, o Banco Central vai passar a disponibilizar campos específicos nas notificações de fraude. Isso acontecerá para que sejam especificados os tipos de fraude, como falsidade ideológica ou “conta laranja”. Além disso, a razão da notificação, como golpe, estelionato, invasão de conta e coação.
Isso se faz muito importante, afinal, é justamente a notificação de infração que permite às instituições a marcarem as chaves e os usuários suspeitos de fraude. Dessa forma, esse sistema vai ajudar a proteger as transações financeiras realizadas pelo Pix.
Em adição, uma outra mudança anunciada pelo Banco Central é a ampliação do conjunto de dados de segurança do Pix. Esses são dados que são disponibilizados para a consulta das instituições participantes para as análises antifraude das transações.
Sendo assim, serão incluídas:
- A quantidade de infrações do tipo conta laranja ou falsidade ideológica relacionada ao usuário ou chave Pix;
- A quantidade de participantes que aceitaram notificação de infração daquele usuário ou chave e quantidade de contas vinculadas a determinado usuário.
Além disso, o limite de tempo que os dados ficam disponíveis ficará maior. Esses dados, atualmente, ficam disponíveis por um tempo de 6 meses. Com as atualizações, esse empo aumentará para 5 anos. De acordo com o Banco Central, a consulta a esses dados poderá ser feita através da chave Pix ou CPF e CNPJ do usuário. O serviço ficará disponível todos os dias do ano, 24 horas por dia.
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Pix vai ficar mais seguro
Todos essas medidas de segurança que estão sendo tomadas tem como objetivo aumentar a eficácia no combate à fraude. Isso vai acontecer pois, com essas atualizações, as instituições passarão a ter melhores ferramentas para aprimorar os próprios modelos de prevenção e detecção de fraude.
Em outras palavras, falando de uma forma mais prática, as instituições terão melhores condições de atuar na prevenção de fraudes. Dessa forma, elas poderão rejeitar transações fraudulentas. Além disso, poderão também bloquear alguns recursos. Para completar, tudo isso representa como as ações irão resultar em uma maior proteção aos usuários do Pix.
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O Pix vai ficar mais seguro em que data?
De acordo com o Banco Central, o prazo para as medidas entrarem em vigor está fixado na data de 5 de novembro. Essa data foi determinada prevendo os ajustes que serão necessários nos sistemas do Banco Central e dos demais participantes do Pix.
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Mudanças na segurança do Pix
Todos essas novas medidas de segurança foram desenvolvidas em conjunto com o mercado, Grupo Estratégico de Segurança (GE-SEG), formado no âmbito do Fórum Pix. Um questionário de autoavaliação em segurança das instituições que querem participar do Pix também passou a ser exigido pelo Banco Central. Tudo isso, como forma de aumentar a segurança dos usuários.
Esse questionário deve ser apresentado com a assinatura do diretor responsável pela política de segurança cibernética. Isso tudo deve ser feito como uma forma de garantir que as instituições atendam aos requisitos técnicos de segurança determinados pelo Banco Central.
De uma maneira geral, podemos dizer que todas essas medidas estão sendo tomadas para diminuir as fraudes e golpes do Pix. Dessa forma, as novidades pretendem aumentar a responsabilidade das instituições financeiras e de pagamento com as regras de segurança. Tudo isso, através da imposição de uma “barreira” para tentar conter os episódios de vazamento de dados.
De acordo com o Banco Central, o questionário traz perguntas relacionadas à segurança. Sendo assim, nele estarão contidos dados pessoais, segurança na comunicação, assinatura e certificados digitais, segurança de QR Codes, implementação segura de aplicativos e APIs.
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Objetivos e prevenção a golpes
Em nota divulgada pelo Banco Central, foi afirmado que: “A segurança é um dos pilares fundamentais do Pix e é entendida como um processo contínuo, pois novas formas de fraude e golpes surgem com frequência. Em função disso, o BC atua de forma permanente para garantir a manutenção do elevado patamar de segurança do Pix”.
O Pix com certeza trouxe muitos benefícios e facilidade para as transições financeiras em nosso país. Entretanto, ele também é um meio para pessoas mal intencionadas aplicarem golpes. No caso do golpe do QR Code falso, por exemplo,os golpistas enviam um QR Code que supostamente corresponde a alguma conta que você deve pagar.
Dessa forma, depois que a transação é feita, você descobre que o dinheiro foi parar na conta dos golpistas. Além disso, esse golpe também pode ser aplicado no ponto de venda. Nessas situações, o fraudador se aproxima do local onde os comerciantes costumam deixar o QR Code à vista para o consumidor escanear e colam um QR Code falso por cima!
Para evitar cair nesse golpe, é importante conferir o nome do beneficiário informado pelo banco cada vez que escanear um QR Code. Faça isso sempre antes de confirmar o pagamento. Fale sempre com o vendedor e confirme os dados, especialmente se o nome for diferente do que você esperava encontrar.
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