O Banco Central implementa nesta segunda-feira (29) dois produtos da Agenda Evolutiva do Pix: o Pix Saque e o Pix Troco.
A saber, os novos produtos foram definidos pelo Banco Central em 24 de agosto, em reunião de sua Diretoria Colegiada, que aprovou alterações no Regulamento do Pix.
Como funcionam as mudanças no Pix?
O Pix Saque permitirá que todos os clientes de qualquer participante do Pix realizem saque em um dos pontos que ofertar o serviço.
Assim, estabelecimentos comerciais, redes de ATMs compartilhados e participantes do Pix, por meio de seus ATMs próprios, poderão ofertar o serviço.
Para ter acesso aos recursos em espécie, basta que o cliente faça um Pix para o agente de saque, em dinâmica similar à de um Pix normal, a partir da leitura de um QR Code mostrado ao cliente ou a partir do aplicativo do prestador do serviço.
Para o Pix Troco, a dinâmica é praticamente idêntica. A diferença é que o saque de recursos em espécie pode ser realizado durante o pagamento de uma compra ao estabelecimento.
Nesse caso, o Pix é feito pelo valor total (compra + saque). No extrato do cliente aparecerá o valor correspondente ao saque e ao valor da compra.
Vale destacar que a oferta dos dois novos produtos aos usuários da ferramenta é opcional, cabendo a decisão final aos estabelecimentos comerciais, às empresas proprietárias de redes de ATMs e às instituições financeiras que possuem seus próprios ATMs.
Limite
O limite máximo das transações do Pix Saque e do Pix Troco será de R$ 500,00 durante o dia, e de R$ 100,00 no período noturno (das 20 horas às 6 horas).
Haverá, no entanto, liberdade para que os ofertantes dos novos produtos do Pix trabalhem com limites inferiores a esses valores caso considerem mais adequado aos seus fins.
Benefícios
O cidadão passará a contar com mais alternativas disponibilizadas pelo Pix e com mais opções de acesso ao dinheiro físico quando assim o desejar, pois os saques poderão ser feitos em diversos locais (padarias, lojas de departamento, supermercados etc.) e não apenas em caixas eletrônicos.
Além disso, não haverá cobrança de tarifas para clientes pessoas naturais (incluindo empresários individuais) por parte da instituição detentora da conta de depósitos ou da conta de pagamento pré-paga para a realização do Pix Saque e/ou do Pix Troco para até oito transações mensais.
Para o comércio que disponibilizar o serviço, as operações representarão o recebimento de uma tarifa que pode variar de R$ 0,25 a R$ 0,95 por transação, a depender da negociação com a sua instituição de relacionamento.
A instituição de relacionamento do usuário sacador é quem fará o pagamento dessa tarifa.
O uso do serviço será totalmente gratuito para o cliente final pessoa física até 8 operações por mês.
Ainda mais, a oferta do serviço diminuirá os custos dos estabelecimentos com gestão de numerário, como aqueles relacionados à segurança e aos depósitos, além de possibilitar que os estabelecimentos ganhem mais visibilidade para seus produtos e serviços.
Para o Sistema Financeiro Nacional (SFN), as melhorias representam um incentivo constante à digitalização e à redução de custos nas operações, e ainda estimula a competição, ao facilitar a oferta de serviço de saque por fintechs e instituições digitais, nivelando condições concorrenciais.
Fonte: Banco Central do Brasil
Leia também: Casa Verde e Amarela: Governo vai investir na construção de 2,5 milhões de unidades habitacionais