Nesta semana, o Banco Central divulgou dados relacionados ao método de pagamentos instantâneos brasileiro, o Pix, implementando pela instituição ainda em 2020. Nesse sentido, de acordo com os dados, o sistema de transferências instantâneas movimentou mais de R$1 trilhão por mês no último trimestre de 2022. Somente em dezembro, a movimentação foi de R$1,221 trilhão, recorde para um único mês. O total do ano chegou a R$11 trilhões
No acumulado de 2022, o PIX movimentou um valor maior que o dobro do que foi registrado em 2021, quando o método de pagamento havia registrado R$5,2 trilhões em 9,48 bilhões de transações e, inclusive, é maior que o valor registrado de pagamentos realizados por boletos, que somou R$5,3 trilhões, mas ainda ficou atrás das transações realizadas via TED, que somou R$40,7 trilhões.
Embora o TED tenha superado em valor o Pix, em quantidade de transações o método de pagamentos instantâneos foi bastante superior, somando 24,3 bilhões de transações, contra 4,03 bilhões de pagamentos em boletos e 1,01 bilhões de pagamentos via TED.
“Em número de transações, vemos um domínio do Pix. Mas como há a questão da segurança por se tratar de um sistema instantâneo, o Pix tem limite baixo e transações muito imediatas, diferentes da TED. O Pix tem essa característica de ser do dia a dia, de operações de pequeno valor e muita velocidade”, disse Jason Vieira, economista chefe da Infinity Asset.
Segurança de transações via PIX ainda é uma questão
Desde a implementação do PIX, golpistas tem se aproveitado do modelo instantâneo de transferências para enganar pessoas com transações fraudulentas. Além disso, também foram registrados diversos sequestros em que criminosos exigiram que as vítimas realizassem transferências dos valores de suas contas.
Devido a estas questões, desde o lançamento, o Banco Central vem estabelecendo uma série de regras para melhorar a segurança da utilização da ferramenta, buscando, ao mesmo tempo, manter ou aumentar a flexibilidade do Pix, que já entrou na rotina dos brasileiros. Por exemplo, foi estabelecido um limite no valor da transação em horários noturnos, quando há a maior incidência de golpes.
No entanto, é importante que brasileiros tomem outras medidas de segurança ao utilizar o Pix, como verificar se a loja em que está realizando o pagamento é de procedência e verificar todos os dados antes de realizar o pagamento. Um outro modelo que brasileiros tem utilizado é manter o aplicativo bancário que contém sua maior reserva financeira fora do celular, evitando maiores problemas em caso de crimes.
Nesse sentido, no geral, o método de pagamento é bastante seguro, no entanto, o formato instantâneo acaba gerando oportunidades para que criminosos realizem golpes contra as vítimas. Atualmente é o método de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, o que gera diversas oportunidades para que golpistas possam se aproveitar das vítimas, fazendo ser necessário tomar maior cuidado ao utilizar a ferramenta de pagamentos em nosso dia a dia.