O Pix é cada vez mais importante para os pequenos negócios no Brasil. Assim, uma pesquisa apontou que o profissional MEI tem o método de pagamentos instantâneos como preferência. Veja os detalhes a seguir.
MEI prefere o Pix
De acordo com o estudo “Pulso dos Pequenos Negócios”, conduzido pelo Sebrae e pelo IBGE, mais da metade dos microempreendedores individuais (MEIs), ou seja, 52%, elegeram o Pix como a forma predominante de receber pagamentos.
Assim, apesar das taxas consideradas altas pelos MEIs, o cartão de crédito é o segundo meio mais utilizado, preferido por 20% dos microempreendedores. O dinheiro fica em terceiro lugar, com 12%.
Ademais, já nas micro e pequenas empresas que faturam de R$ 82 mil a R$ 4,8 milhões por ano, tanto o Pix quanto o cartão de crédito são os meios preferidos de recebimento. Desse modo, ambas as modalidades são utilizadas por 27% dos negócios como principal forma de receber recursos. Em segundo lugar, os boletos são utilizados por 18%.
No caso dos MEIs, o número de microempreendedores que consideram o Pix como a principal forma de receber recursos aumentou em relação à pesquisa anterior, publicada em agosto do ano passado.
Adicionalmente, o Sebrae destaca que os custos reduzidos em relação às maquininhas de cartão e a velocidade das transferências solidificam o Pix como uma ferramenta indispensável para os microempreendedores individuais (MEIs).
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Por que o Pix é preferência?
Segundo o Sebrae, outros motivos que estão aumentando a preferência pelo Pix nos pequenos negócios são a facilidade de não precisar lidar com troco, a praticidade no controle financeiro e a agilidade nas decisões de gestão de caixa, como o pagamento de fornecedores.
Além disso, em determinadas situações, os empreendedores estão até concedendo descontos aos clientes que optam pelo Pix como forma de pagamento.
Já nas micro e pequenas empresas, a realidade é um pouco distinta. Dessa forma, o cartão de crédito ainda é amplamente utilizado, principalmente devido à conveniência de parcelar compras ou pagar a fatura de forma mensal.
Assim, mesmo com as taxas das maquininhas, os empresários continuam oferecendo essa opção aos clientes.
Dados completos da pesquisa
Microempreendedor Individual (MEI):
Forma de Pagamento | Percentual |
---|---|
Pix | 52% |
Cartão de crédito | 20% |
Dinheiro | 12% |
Cartão de débito | 6% |
Boleto | 4% |
Doc/Ted | 2% |
Outro | 5% |
Micro e pequenas empresas:
Forma de Pagamento | Percentual |
---|---|
Pix | 27% |
Cartão de crédito | 27% |
Dinheiro | 6% |
Cartão de débito | 8% |
Boleto | 18% |
Doc/Ted | 9% |
Outro | 5% |
Preocupações dos pequenos empresários
Na pesquisa, os proprietários de pequenos negócios foram questionados sobre sua principal preocupação.
Consequentemente, o acréscimo nos custos foi a resposta mais frequente, mencionada por 38% dos entrevistados, englobando tanto os microempreendedores individuais (MEIs) quanto os empresários de micro e pequenas empresas.
Contudo, embora seja a principal preocupação, houve uma redução de quatro pontos percentuais em comparação com a primeira edição da pesquisa.
Em segundo lugar, a falta de clientes é uma preocupação que aumentou de 24% em agosto para 31% agora.
Assim, segundo o Sebrae, esse aumento está relacionado ao aumento dos juros e ao endividamento das famílias. Os altos juros desaceleram o consumo e aumentam a preocupação dos proprietários de pequenos negócios em encontrar clientes, o que supera a preocupação com os custos mais altos.
Ademais, de acordo com a pesquisa, o medo da falta de clientes tem impedido os empreendedores de repassar os aumentos de custos aos consumidores.
Assim, embora 78% tenham relatado um aumento nos gastos com insumos, combustíveis, aluguel e energia nos últimos 30 dias, apenas 8% repassaram totalmente esses custos para os clientes. Enquanto isso, 49% não repassaram o impacto, e 41% repassaram apenas parcialmente. Um total de 2% não soube ou não respondeu.
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Aumento de custos também é uma grande preocupação de MEIs
Em agosto do ano passado, 76% dos proprietários de pequenos negócios se queixaram do aumento de custos.
Dessa maneira, dentre eles, 43% não repassaram, 47% repassaram parcialmente e 9% repassaram totalmente esses custos para os consumidores.
Assim, a combinação de uma redução no número de clientes e custos mais altos afetou o faturamento dos pequenos negócios.
Desse modo, conforme a pesquisa, 42% relataram uma queda nas receitas em comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto apenas 25% tiveram um aumento no faturamento.
Ademais, em média, houve uma queda de 10% no faturamento. Dos 22 setores analisados, apenas dois estão faturando mais neste ano: indústria alimentícia e serviços empresariais.
Por fim, a terceira edição da pesquisa “Pulso dos Pequenos Negócios” foi conduzida mediante um formulário online, no período de 24 de abril a 2 de maio.
Assim, um total de 7.537 empreendedores provenientes dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal contribuíram com a pesquisa. A margem de erro do estudo é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos.
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