O diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Mauricio Moura, afirmou hoje que o sistema de pagamentos instantâneos Pix não será encerrado e não está sendo considerada a possibilidade de taxar essas transações.
Além disso, ele também ressaltou que o Pix é um exemplo de inclusão financeira.
Veja todos os detalhes a seguir.
Pix é patrimônio brasileiro
Moura enfatizou que o Pix não é um projeto governamental, mas sim um serviço criado pelo BC que conectou 45 milhões de brasileiros às transações eletrônicas.
Além disso, ele afirmou que o Pix é um recurso valioso para todos os brasileiros e chega a ser um “patrimônio”. O tema da segunda transmissão ao vivo do BC foi inclusão e educação financeira.
Ademais, o diretor também ressaltou a importância de monitorar os indicadores de inclusão financeira, que também impactam a competição entre os bancos. Ele elogiou o alto nível de inclusão financeira no país e mencionou que praticamente toda a população adulta do Brasil possui acesso a serviços bancários.
Sobre educação financeira, Moura reforçou que ainda há espaço para progredir nessa área. Ele também destacou o programa Aprender Valor do BC, que foi criado em parceria com estudantes de escolas públicas. Além disso, ele também alertou sobre golpes relacionados ao Sistema Valores a Receber (SVR) e reiterou que nem o BC, nem os bancos solicitam informações dos clientes, como senhas.
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Sucesso do Pix abaixa a popularidade do dinheiro físico
De acordo com o Banco Central, desde o lançamento do Pix no final de 2020, o número de transações financeiras digitais por pessoa praticamente dobrou.
Assim, nesse mesmo período, houve uma redução mais rápida nos saques de dinheiro físico no país. Em 2020, a média de operações per capita por meio digital, incluindo o Pix, era de 242, e em 2022, esse número aumentou para 453. Em 2012, eram registradas em média 131 operações per capita.
No ano passado, o sistema de transferências instantâneas criado pelo BC teve a maior participação em número de transações em comparação com outros meios de pagamento, representando 29%.
Em contrapartida, houve uma redução no número de retiradas realizadas em caixas eletrônicos e agências bancárias, passando de 3,4 bilhões em 2020 para 2,6 bilhões no ano anterior.
Desse modo, em termos de valores, houve uma queda de R$ 2,5 trilhões para R$ 2,1 trilhões. Em 2012, o número de saques era de 3,9 bilhões, movimentando um total de R$ 4,5 trilhões.
Era das transações digitais
Conforme o BC, o aumento das transações digitais ocorreu antes do lançamento do Pix e das mudanças causadas pela pandemia de covid-19, mas se intensificou nos últimos dois anos.
Além disso, um marco importante foi a criação formal das instituições de pagamento, regulamentadas pelo BC em 2016. E também, houve um crescimento significativo no uso de smartphones para realizar transações financeiras, sendo esse o principal canal de interação da população brasileira com o sistema.
Entretanto, de 2012 a 2022, o Banco Central notou um aumento significativo na participação dos cartões como forma de pagamento nas transações financeiras. Segundo o BC, esse crescimento acelerado pode estar relacionado à entrada de instituições de pagamento que emitem cartões de crédito e pré-pagos.
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Redução no uso de outros meios de pagamento
Com a chegada do Pix no final de 2020, o uso de outros meios de pagamento diminuiu.
No entanto, segundo o Banco Central, o uso de cartões continua aumentando, enquanto os pagamentos por boleto estão estagnados e os cheques estão em queda rápida.
Em 2022, os cartões de crédito representaram 20% das transações, os de débito, 19%, e os pré-pagos, 9%. Em 2012, o conjunto de cartões tinha uma participação de 39%, porém, a modalidade pré-pago ainda não estava disponível.
Por fim, os boletos representaram 11% das transações no ano passado, em comparação com os 28% em 2012. Já os cheques tiveram uma participação quase insignificante em 2022, diferente dos 7% que representavam em 2012.
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