Os reajustes salariais no Brasil surpreenderam em outubro. Isso porque, no mês passado, 40% dos acordos e convenções coletivas ficaram acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Ao comparar com setembro, houve uma melhora significativa nas negociações trabalhistas. A saber, apenas 27,5% dos reajustes superaram o INPC em setembro, taxa bem menor que a de outubro.
Em síntese, o INPC é usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS no país. Em resumo, os reajustes interferem diretamente no piso salarial de cada setor econômico do país. E, quanto maior o acordo, mais elevado tende a ser o poder de compra do trabalhador.
De acordo com o Dieese, o piso salarial médio do país foi de R$ 1.537,69 no acumulado deste ano, entre janeiro e setembro. Entre os quatro setores econômicos pesquisados, apenas um deles teve um resultado superior à média nacional. Veja abaixo os pisos de cada um dos setores:
- Serviços: R$ 1.563,74
- Indústria: R$ 1.523,98
- Comércio: R$ 1.491,24
- Rural: R$ 1.468,00
Em resumo, o setor de serviços responde por cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Por isso, o setor puxou o piso salarial do país para cima, apesar de os demais setores terem registrado valores inferiores à média nacional.
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Veja o piso salarial das regiões brasileiras
Além disso, o Dieese também revelou o piso nacional médio nas regiões brasileiras. A propósito, todos os dados divulgados pelo Dieese são do Ministério do Trabalho e Previdência.
Veja abaixo os pisos salariais médios em cada região:
- Sul: R$ 1.590,81
- Sudeste: R$ 1.581,44
- Centro-Oeste: R$ 1.440,01
- Norte: R$ 1.422,59
- Nordeste: R$ 1.386,41
Segundo o Dieese, os reajustes salariais foram bastante diferentes entre as regiões brasileiras. A saber, o Sul teve a maior taxa de acordos acima do INPC (27,8%), seguido por Sudeste (21,8%), Norte (16,3%), Nordeste (15,6%) e Centro-Oeste (11,5%).
Em contrapartida, o Centro-Oeste teve a maior taxa do país em relação aos reajustes inferiores ao INPC. Na região, 67,1% dos acordos e convenções coletivas reduziram o poder de compra do trabalhador no acumulado de janeiro a setembro. Em seguida, ficaram Nordeste (58,1%), Norte (58,0%), Sudeste (43,0%) e Sul (23,4%).
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