O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encerrou o terceiro trimestre de 2021 com leve queda de 0,1% em relação ao trimestre anterior. O resultado sucede a retração de 0,4% registrada no segundo trimestre, ou seja, a economia brasileira entrou em recessão técnica. Isso ocorre quando a atividade econômica recua em pelo menos dois trimestres consecutivos.
Embora o PIB brasileiro tenha recuado no comparativo trimestral, a economia cresceu 4,0% em relação ao terceiro período de 2020. Já no acumulado dos últimos quatro trimestres, a economia brasileira avançou 3,9%. A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou as informações nesta quinta-feira (2).
“O PIB está no patamar do fim de 2019 e início de 2020, período pré-pandemia, e ainda está 3,4% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014”, destacou o IBGE. Aliás, o PIB brasileiro totalizou R$ 2,2 trilhões entre julho e setembro deste ano.
Em resumo, o PIB corresponde à soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A propósito, o indicador mede a evolução da economia. E, no acumulado de 2021, o PIB nacional registra crescimento de 5,7% na comparação com o mesmo período de 2020.
Serviço sobe, mas agropecuária derruba PIB
O recuo registrado pelo PIB no comparativo trimestral ocorreu, mais uma vez, devido à agropecuária. O segmento despencou 8% entre julho e setembro. Já indústria registrou uma variação nula no período. Nem mesmo o crescimento de 1,1% dos serviços, que respondem por cerca de 70% do PIB brasileiro, conseguiram impulsionar o indicador no trimestre.
As seguintes taxas positivas foram os destaques no período: construção (+3,9%), consumo das famílias (+0,9%) e consumo do governo (+0,8%). Em contrapartida, os seguintes indicadores figuraram como os destaques negativos no trimestre: exportação (-9,8%), importação (-8,3%), comércio (-0,4%) e taxas de investimento FBCF (-0,1%).
Por fim, vale destacar que o agronegócio até começou bem o ano, crescendo 3,8% no primeiro trimestre. Contudo, registrou queda tanto no segundo trimestre (-2,9%), quanto no terceiro (-8,0%). Por sua vez, a indústria apresentou as seguintes variações: primeiro trimestre (+0,9%), segundo (-0,5%) e terceiro (0,0%). E os serviços só tiveram taxas positivas no ano, de 0,9%, 0,6% e 1,1%, respectivamente.
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