O Produto Interno Bruto (PIB) do estado do Rio de Janeiro teve alta de 7,1% no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o trimestre anterior. Aliás, de abril a junho, período de maior impacto da pandemia da Covid-19 no país, o PIB registrou queda de 9,9%. À época, o resultado superou em muito a retração nacional, que ficou em 3,9%. Os dados fazem parte do estudo “Rio de Janeiro: Resultados e perspectivas para o PIB”, divulgados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Apesar da alta em relação ao segundo trimestre, o levantamento indicou um decréscimo de 3,3% na comparação com o mesmo período de 2019. Contudo, vale ressaltar que o ritmo de queda mostrou forte desaceleração de julho a setembro deste ano. A saber, a Firjan projeta queda de 4,4% do PIB fluminense em 2020.
Em resumo, a economia do estado do Rio de Janeiro responde por cerca de 10,2% da economia do Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste caso, o país deve encerrar o ano com um decréscimo de 4,40%, segundo a mediana das estimativas de economistas coletadas pelo boletim Focus, do Banco Central (BC).
Indústria extrativa puxa alta do PIB
De acordo com a Firjan, o destaque da atividade fluminense ficou com a indústria extrativa, que cresceu 9,3% no terceiro trimestre de 2020. O resultado recebeu a maior contribuição do setor de óleo e gás. Por outro lado, diversos setores registraram queda no período: serviços (-4,9%), agropecuária (-4,9%), construção civil (-1,9%) e indústria de transformação (-1,6%) ficaram com as maiores taxas negativas.
Por fim, a Firjan projeta um crescimento de 2,9% em 2021, ao considerar imunização de parcela significativa da população no primeiro semestre do próximo ano. Ao mesmo tempo, considera o avanço da agenda de reformas estruturais nos últimos seis meses. No entanto, o atraso de tais medidas pode provocar um crescimento ainda menor do PIB (1,8%).
LEIA MAIS
Guedes afirma que vacinação em massa no Brasil deve custar R$ 20 bilhões
Setor de serviços acumula queda de 8,7% de janeiro a outubro de 2020