O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encerrou o segundo trimestre de 2021 com leve queda de 0,1% em relação ao trimestre anterior. Mesmo recuando, esse resultado representa estabilidade da economia brasileira na passagem dos trimestres.
No entanto, o que mais chama atenção é a perda de fôlego da recuperação do PIB após o avanço de 1,2% no primeiro trimestre. A taxa ficou abaixo das expectativas de analistas, que acreditavam num avanço de 0,2% no período. Aliás, o indicador serve como um termômetro da evolução econômica e da capacidade de um país gerar economia e riqueza.
Apesar de o PIB ter recuado no comparativo trimestral, ele disparou 12,4% em relação ao mesmo período de 2020. Já no acumulado dos últimos quatro trimestres, a economia brasileira cresceu 1,8%. A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou as informações nesta quarta-feira (1º).
De acordo com o IBGE, o PIB brasileiro totalizou R$ 2,1 trilhões nos três primeiros meses do ano. Embora tenha recuado no trimestre, o PIB se manteve no mesmo nível de dezembro de 2019 e janeiro de 2020, época pré-pandemia. Contudo, o patamar segue 3,2% abaixo da máxima histórica, alcançada no primeiro trimestre de 2014.
Principais atividades caem e puxam PIB pra baixo
O recuo registrado pelo PIB no comparativo trimestral foi puxado principalmente pela agropecuária, que tombou 2,8% no período. Já indústria caiu 0,2% e ajudou a empurrar mais ainda o indicador pra baixo. Nem mesmo o crescimento de 0,7% dos serviços, que respondem por cerca de 70% do PIB, conseguiram impulsioná-lo no trimestre.
As seguintes taxas positivas também se destacaram no período: consumo do governo (0,7%), exportação (9,4%), construção (2,7%) e comércio (0,5%). Da mesma forma, também foram destaque, mas de maneira negativa, as taxas de investimento FBCF (-3,6%) e importação (-0,6%). Já o consumo das famílias ficou estagnado no período.
Com o acréscimo do resultado do segundo trimestre, o PIB acumulou avanço de 6,4% no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Nessa base comparativa, a indústria disparou 10,0%, enquanto os serviços cresceram 4,7% e a agropecuária avançou 3,3%.
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