O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no governo de Bolsonaro cresceu menos que na época em que o país era governado por FHC, Lula e Temer. O desempenho do atual presidente só foi melhor que o da ex-presidente Dilma Rousseff, que, segundo especialistas, fez um governo de resultados bastante ruins. Além disso, diversos fatores contribuíram para o resultado abaixo do esperado no último governo.
Isso porque o PIB representa a soma de todos os serviços e bens finais que a economia produz. Com uma economia mais encolhida e um cenário internacional de incerteza, Bolsonaro teve dificuldades para superar a crise. Apesar disso, os dados inflacionários do país ainda estão melhores que a média mundial.
Dados do PIB vieram fracos
O PIB do Brasil cresceu apenas 0,4% no último trimestre. Com isso, especialistas acreditam que a média de crescimento do governo de Bolsonaro será de 1,5% ao ano, contando o período de 2019 a 2022. O resultado fica abaixo dos governos de FHC, Lula (que teve dois mandatos) e Michel Temer. O primeiro mandato de Dilma Rousseff também apresenta crescimento maior que o de Bolsonaro, que ganha apenas do segundo mandato da petista.
Apesar disso, não é de hoje o baixo crescimento do PIB do Brasil. Dados mostram que o crescimento do Brasil é menor que o do mundo nos últimos 40 anos, com exceção de alguns mandatos nesse período. Mais recentemente, o crescimento do país vem decepcionando desde 2014.
Apesar disso, Bolsonaro teve um complicador que nenhum outro teve: a pandemia. Durante a crise sanitária da covid-19, o mundo inteiro aplicou restrições de circulação de pessoas, o que fechou indústrias e comércios, diminuindo a produção de riqueza no país. Por isso, é importante levar isso em conta ao analisar os dados.
Nem tudo foi ruim no atual governo
Apesar das diversas críticas ao modo como Bolsonaro levou a pandemia e o orçamento do país, nem todos os dados são ruins no governo. Isso porque o atual presidente deixa um bom legado para as contas públicas e para a inflação do país. Contudo, o baixo crescimento ainda afeta diversos brasileiros, com um PIB per capita menor que na época de sua chegada.
Nas finanças públicas, o governo de Bolsonaro foi o responsável por fazer o país passar de deficitário para um superávit. Apesar de ainda não termos fechado o ano, essa é a expectativa do mercado. Além disso, atualmente o Brasil tem uma das menores taxas de inflação dentre as maiores economias do mundo. O desemprego também bateu recordes, chegando a 8,3%, o menor percentual desde 2014. O fechamento do PIB abaixo de seus antecessores mostra as dificuldades que a economia brasileira tem de crescer.
Segundo especialistas, são várias as variáveis que contribuem para isso. Isso porque o Brasil ainda precisa de uma reforma tributária e uma reforma administrativa. A primeira é a mais aguardada e, segundo a equipe de transição, deve ser prioridade no próximo governo. O PIB também precisa de mais investimentos do governo brasileiro, segundo a atual agenda econômica, que deve investir de forma mais pesada em infraestrutura em todo o país.