O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro encerrou o segundo trimestre de 2021 com um avanço de 2% na comparação com o trimestre anterior. A saber, a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, divulgou os dados na última terça-feira (17).
Esse crescimento faz a zona do euro sair novamente da recessão técnica. Em resumo, o PIB local caiu tanto no último trimestre de 2020 (-0,6%), quanto no primeiro de 2021 (-0,3%). E a recessão acontece quando, pelo menos, dois trimestres consecutivos apresentam resultados negativos.
Aliás, a zona do euro já havia registrado recessão técnica no ano passado, pois o seu PIB caiu 3,7% no primeiro trimestre e despencou 11,5% no segundo. À época, a pandemia da Covid-19, decretada em março de 2020, gerava bastante incerteza em todo o mundo. No entanto, o salto de 12,4% do PIB no terceiro trimestre retirou a zona do euro da recessão.
A zona do euro é formada atualmente por 19 países do continente: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia e Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda e Portugal. E o resultado da zona do euro consiste na soma de todas estas economias no trimestre.
Emprego cresce no trimestre
Além disso, a Eurostat também informou que o número de empregados na zona do euro cresceu 0,5% no trimestre em relação aos três primeiros meses deste ano. No comparativo anual, o avanço foi ainda maior (1,8%).
Já entre os 28 países que formam a União Europeia, o PIB cresceu 1,9% em três meses e disparou 13,2% em um ano. Da mesma forma, o crescimento sucede dois resultados negativos seguidos, que também fizeram a UE entrar em recessão técnica.
Em ambos os casos, o abrandamento das medidas restritivas para conter a disseminação do novo coronavírus possibilitou uma recuperação mais forte tanto da zona do euro quanto da UE. Embora os resultados tenham ficado positivos entre abril e junho, o PIB da zona do euro continua 3% menor que o registrado antes da pandemia.
Os destaques do segundo trimestre foram Itália e Espanha, cujas economias cresceram 2,7% e 2,8%, respectivamente. Também vale destacar o PIB de Portugal, que saltou 4,9%. Já as duas maiores economias da zona do euro tiveram resultados mais tímidos: Alemanha cresceu 1,5% e França avançou 0,9% no trimestre.
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