O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,8% no primeiro trimestre deste ano, quando comparado ao mesmo período de 2021. A saber, o resultado superou as expectativas de economistas, que projetavam um avanço de 4,4% no período.
Além disso, o avanço do PIB no primeiro trimestre também indica uma aceleração da economia chinesa em relação ao quarto trimestre de 2021, quando a economia cresceu 4,0% em ritmo anual. Já na comparação trimestral, o PIB chinês cresceu 1,3% na comparação com os últimos três meses do ano passado, apesar dos confinamentos devido à pandemia da Covid-19.
Por falar nisso, a China vem promovendo lockdowns em diversas cidades desde o final de março. O país vive o momento mais crítico dos últimos anos, visto que os casos do novo coronavírus estão batendo recorde recorrentemente nos últimos dias. Aliás, todo o planeta já mostra preocupação devido à desaceleração da segunda maior economia global.
Embora o desempenho do PIB tenha superado as expectativas, os confinamentos continuam no país e afetam milhões de pessoas. Em outras palavras, as consequências destas medidas deverão aparecer apenas nos dados do segundo trimestre. Inclusive, o lockdown no centro comercial de Xangai fez diversos analistas temerem uma recessão econômica da China em 2022.
Veja mais detalhes do desempenho econômico da China
Vale destacar que a desaceleração do PIB chinês não começou neste ano. Na verdade, o país já vinha enfrentando dificuldades desde a metade do ano passado. Em suma, a crise no setor imobiliário e as restrições em grandes cidades do país estão enfraquecendo os dados do comércio e do emprego na China.
A meta de crescimento do país é de 5,5% para 2022. A saber, o ano é bastante importante para o presidente Xi Jinping, que está tentando permanecer no cargo por mais um mandato de cinco anos. E, para isso acontecer, o PIB chinês precisa se recuperar e voltar a crescer expressivamente.
Em março, a produção industrial do país cresceu 5%, resultado mais fraco que o de janeiro e o de fevereiro. Já o comércio varejista encerrou o mês com uma queda de 3,5%, enquanto o desemprego urbano subiu para 5,8% a ritmo anual em março, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE) da China.
Diante destes resultados, uma coisa é certa: a China tem um caminho difícil pela frente.
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