O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina disparou 10,3% no primeiro semestre de 2021, segundo o instituto estatístico estatal Indec. A saber, os dados foram divulgados nesta quarta-feira (22) e o avanço se refere à comparação com o mesmo período de 2020.
O mundo enfrenta a pandemia da Covid-19 há mais de um ano e meio. Apesar do avanço da vacinação contra o novo coronavírus, diversas economias ainda sofrem com a crise sanitária. Aliás, a Delta, variante mais transmissível já sequenciada, continua elevando casos e mortes em todo o planeta.
Apesar disso, o PIB da Argentina conseguiu um firme avanço entre janeiro e junho. E isso aconteceu, principalmente, porque a base comparativa com o ano passado está muito enfraquecida. Em resumo, a economia da Argentina afundou 9,9% em 2020, um dos piores resultados das principais economias do planeta.
Na verdade, o nosso vizinho sul-americano vem enfrentando recessão desde 2018. E a pandemia afundou ainda mais a economia argentina. Aliás, na comparação entre o segundo trimestre de 2021 e de 2020, o crescimento chegou a 17,9%. Isso aconteceu, porque o segundo trimestre de 2020 foi, no geral, o período mais duro para os países do planeta.
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Embora o resultado tenha sido expressivo no semestre, o PIB da Argentina caiu 1,4% em relação ao primeiro trimestre, em termos não sazonais. Isso aconteceu, porque, no período, o país enfrentava uma nova onda de infecções e mortes da Covid-19.
Em suma, o consumo privado disparou 21,9% no segundo trimestre, enquanto as exportações saltaram 6,3% e as importações dispararam 36,6%. Já na comparação com o primeiro trimestre, o avanço do consumo privado cresceu apenas 1,1%.
Por fim, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE) estima que o PIB da Argentina cresça 7,6% neste ano. Assim, a recuperação da atividade econômica do país deverá ser a terceira maior entre as principais economias do planeta.
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