O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,0% no primeiro trimestre de 2022, na comparação com o quatro trimestre do ano passado. A saber, este é o terceiro resultado positivo e fez a economia brasileira alcançar a marca de R$ 2,249 trilhões em valores correntes no período.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, o PIB cresceu 1,7%, após ajuste sazonal. Com isso, a economia brasileira agora está 1,6% acima do nível registrado no quarto trimestre de 2019, antes da pandemia da covid-19. No entanto, a economia ainda está 1,7% abaixo no recorde registrado no primeiro trimestre de 2014.
“Isso significa que a gente mais que superou a retração que teve com a pandemia, mas ainda não foi suficiente para recuperar o patamar anterior à crise de 2016“, explicou coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. A propósito, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta quinta-feira (2).
Serviços impulsionam PIB
O avanço registrado pelo PIB no primeiro trimestre deste ano ocorreu devido ao desempenho firme do setor de serviços, que cresceu 1,0%. Já a indústria avançou apenas 0,1%, enquanto a agropecuária caiu 0,9% e limitou o crescimento da economia brasileira no período.
Os outros indicadores pesquisados pelo IBGE também tiveram oscilações variadas. Do lado dos avanços, ficaram o consumo das famílias (0,7%), o consumo do governo (0,1%) e as exportações (5,0%). Em contrapartida, os investimentos no país caíram (-3,5%), enquanto as importações recuaram (-4,6%).
De acordo com o IBGE, o crescimento econômico poderia ter sido maior não fosse a inflação. Em resumo o consumo das famílias cresceu tanto na comparação trimestral (0,7%) quanto na anual (2,2%), beneficiando o setor de serviços. Contudo, esse resultado poderia ter sido ainda melhor se não fosse a inflação.
“A gente só não tem como calcular quão maior esse consumo poderia ter sido sem o impacto da inflação”, destacou Rebeca Pallis.
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