O assunto Luiz Inácio Lula da Silva continua entre os principais no noticiário político. Desta vez, quem levantou o tema foi a Procuradoria-Geral da República (PGR), que recorreu da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou condenações do ex-presidente feitas pela Justiça Federal do Paraná em investigações da Lava Jato.
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Nesta sexta-feira (12), a PGR pediu que os processos permaneçam na Justiça Federal do Paraná e que sejam mantidas as condenações. Por conta deste pedido, o caso deve ser levado para julgamento no plenário do STF.
Mesmo com o pedido da PGR, o STF ainda não estipulou uma data para que isso ocorra. Fato é que, agora, cabe a ministro Edson Fachin, que é o relator do caso Lula e decidiu anular as condenações, liberar o processo para análise.
O pedido é assinado por Lindôra Araújo, subprocuradora e coordenadora da Lava Jato na PGR. No recurso, ela apresenta duas estratégias que podem ser adotadas pelo STF:
- Manter na Justiça Federal do Paraná os processos do Lula e, com isso, preservar as condenações, o que deixa o petista inelegível;
- Ou, manter as anulações, mas preservando os atos tomados nos processos antes do entendimento do ministro, o que, na prática, isso também manteria Lula inelegível.
Relembre o caso Lula
Na última segunda (08), Edson Fachin anulou, monocraticamente, isto é, sozinho, todas as condenações impostas pela Justiça Federal do Paraná ao ex-presidente Lula no âmbito da Lava Jato.
A maior consequência disso foi que Lula recuperou os direitos políticos e se tornou elegível, ou seja, poderia concorrer ao pleito de presidente da república em 2022. Na decisão, o ministro do STF determinou que as ações sejam remetidas para Justiça Federal do DF, a quem cabe analisar se é possível aproveitar provas.
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Isso aí tudo e medo do Bolsonaro perder as próximas eleições e se o Lula ficar solto o Bolsonaro perde!